Rui Costa defende união popular em torno dos temas justiça fiscal e soberania nacional
Ministro da Casa Civil critica sistema tributário injusto e tarifas impostas por Trump
247 – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou a importância da justiça fiscal e da soberania nacional durante a cerimônia de entrega de 260 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Salvador, na Bahia. O evento, noticiado pela Agência Gov, contou também com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e marcou a entrega do Residencial Vitória da União, resultado de um investimento superior a R$ 39 milhões.
“Esse conjunto habitacional é um exemplo do que é gostar de cuidar de gente, cuidar das pessoas. Esse empreendimento foi retomado em 2023 e hoje estamos entregando, com muito orgulho, para dar dignidade às famílias. Toda casa é um ninho para as famílias, para seus filhos”, afirmou Rui Costa ao destacar o impacto social do programa habitacional. O residencial entregue conta com 220 apartamentos, 40 casas, centro comunitário, quadra de esportes e parque infantil.
O ministro ressaltou ainda que o governo federal está trabalhando para expandir o programa habitacional com a abertura de uma nova seleção. “Serão mais 40 mil casas para entidades e quase 40 mil casas para área rural”, adiantou. O Residencial Vitória da União faz parte do Novo PAC, na categoria Minha Casa, Minha Vida Entidades, gerido por organizações da sociedade civil sem fins lucrativos. Desde 2023, foram selecionadas 49,4 mil novas unidades habitacionais em todo o país nessa modalidade.
Rui Costa relembrou o cenário encontrado no início do governo Lula, em janeiro de 2023. “Quando assumimos o governo, encontramos mais de 12 mil obras paralisadas: de educação, de saúde, várias obras. E entre essas obras estavam as de habitação. Tinha 87 mil casas abandonadas. Cada uma em um estágio diferente – umas com 10%, outras com 50%. Tinha até conjunto que chegou a estar com 80%, mas ficou abandonado”, relatou o ministro. Segundo ele, a determinação do presidente Lula foi clara: “O presidente Lula ficou indignado e disse: ‘quero que, ao lançar o Novo PAC, você inclua a retomada de todas essas obras, para que inclua essa gente’, e é isso que estamos fazendo por todo o Brasil”.
Além da área habitacional, Rui Costa anunciou investimentos em saúde para a próxima etapa do Novo PAC. Segundo o ministro, serão contemplados novos equipamentos públicos como postos de saúde, policlínicas, UPAs, hospitais, maternidades e casas de parto. Ele destacou o lançamento do programa Agora Tem Especialistas, que pretende zerar as filas de exames e cirurgias no Sistema Único de Saúde. “No Brasil inteiro, muita gente já tem acesso ao posto de saúde, mas muitas vezes, quando é recomendado um exame ou uma cirurgia, a pessoa não consegue fazer. Por isso, o presidente Lula fez questão de lançar o programa Agora Tem Especialistas, para que todos os hospitais públicos, todas as policlínicas, possam fazer exames e cirurgias”, explicou.
Rui Costa também criticou a estrutura tributária brasileira, que considera injusta. “O Brasil é um país, historicamente, muito injusto. Hoje, é um dos poucos – senão o único – países do mundo onde o pobre paga mais imposto do que o rico. A classe média paga mais imposto do que a pessoa muito rica”, afirmou. O ministro mencionou o projeto de lei do governo Lula que pretende isentar do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil mensais. “Quem ganha de R$ 5.000 a R$ 7.000 vai pagar menos imposto de renda. Isso se chama justiça fiscal, justiça tributária”, concluiu.
Ao final do evento, Rui Costa fez questão de relacionar o debate sobre justiça fiscal com a soberania nacional, fazendo referência à história da independência do Brasil e às recentes tensões comerciais com os Estados Unidos. “A nossa luta agora, dessa semana, é para dizer, em alto e bom som: nós conquistamos a independência do Brasil em 1822, e ela se consolidou na Bahia, em 2 de julho de 1823, com a luta do povo baiano. O Brasil é um país soberano, e não vai aceitar que uma, duas, três, quatro, cinco, meia dúzia de brasileiros que, de forma oportunista, articulam e tramam traindo a sua pátria contra o nosso povo”, declarou. Sobre a taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Rui Costa foi direto: “Se efetivar a taxa, nós vamos dar reciprocidade e vamos cobrar das empresas americanas”.
O evento reforçou o compromisso do governo federal com a retomada das obras públicas, a ampliação de programas sociais e a defesa de um modelo tributário mais justo para a população brasileira.
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