Mulher fica sem luz, aciona Copel e é estuprada por eletricista terceirizado dentro de casa
A jovem, que reside com a avó, formalizou a denúncia à Polícia Civil em 9 de junho, por meio de um e-mail
247 - Uma jovem de 18 anos foi vítima de estupro por um eletricista terceirizado da Companhia Paranaense de Energia (Copel) em sua própria residência, em Ponta Grossa, Campos Gerais do Paraná, após acionar a concessionária devido à falta de luz. A informação é do G1.
Segundo a delegada Cláudia Krüger, dois prestadores de serviço da Copel compareceram à casa da vítima para atender ao chamado. O crime aconteceu quando um dos eletricistas, de 33 anos, acompanhou a jovem até o porão da casa, sob o pretexto de buscar uma ferramenta. "Um deles foi com a vítima até o porão da casa, a fim de buscar uma ferramenta para a execução do reparo, e foi naquele local que o investigado praticou o abuso sexual", explicou a delegada Cláudia Krüger.
A jovem, que reside com a avó, formalizou a denúncia à Polícia Civil em 9 de junho, por meio de um e-mail. A Polícia Civil divulgou na última segunda-feira (7) o indiciamento do homem. O crime, segundo a vítima, ocorreu em 30 de maio. Em um trecho do e-mail enviado à delegacia, a jovem relatou o momento do abuso:
"Hoje mais cedo minha residência ficou sem luz, então chamamos a Copel para ver. Ela [a empresa] veio, e durante o trabalho deles um dos moços que veio me roubou um beijo e me levou para o porão, porque ia procurar uma ferramenta lá. Só que, nisso, ele já foi querendo fazer algo a mais. No momento eu fiquei em choque, sem saber o que fazer, houve penetração [...], eu não queria aquilo, mas não consegui falar na hora. Depois de alguns segundos eu falei pra ele parar porque fiquei com medo de engravidar, daí ele parou e a gente subiu pra casa".
A delegada afirmou que testemunhas corroboraram a versão da vítima, e tanto a Copel quanto a empresa terceirizada colaboraram ativamente com as investigações, auxiliando na identificação do suspeito. A identidade do homem e o nome da empresa não foram divulgados, visando preservar o sigilo de casos envolvendo crimes sexuais, conforme explicou a delegada.
Posição da Copel e andamento do caso
Em nota oficial, a Copel informou que, assim que tomou conhecimento da denúncia, oficiou a empresa terceirizada e solicitou a apuração imediata do caso. "No mesmo dia 6 de junho a Copel procurou a Delegacia da Mulher em Ponta Grossa para se colocar à disposição e colaborar na investigação", destacou a companhia. A Copel também comunicou que a empresa terceirizada desligou o funcionário acusado de seus quadros. "O assunto segue com as autoridades policiais", complementou a Companhia.
Com a conclusão do inquérito policial, o caso foi encaminhado ao Ministério Público, que agora avaliará se oficializará a denúncia criminal contra o suspeito. O crime de estupro prevê pena de até 10 anos de prisão, conforme o Código Penal.
A delegada Cláudia Krüger esclareceu que o homem não foi preso em flagrante, mas não descartou a possibilidade de solicitação de prisão preventiva ou temporária durante o andamento do processo. O g1 tenta identificar a defesa do suspeito.
Alerta da Copel sobre acesso a imóveis e canais de denúncia
A Copel reforçou que seus profissionais, sejam próprios ou terceirizados, não têm autorização para acessar áreas internas do domicílio do cliente, além do local onde está o medidor de energia. "Nenhum profissional, próprio ou contratado, é autorizado a acessar quaisquer áreas do domicílio do cliente, além do local onde está o medidor de energia", ressaltou a Companhia em nota.
Em casos de denúncias ou situações de perigo, as autoridades podem ser acionadas pelos seguintes canais:
- 197: Polícia Civil (para denúncias anônimas)
- 181: Disque-Denúncia (para denúncias anônimas)
- 190: Polícia Militar (em situações de emergência e perigo iminente)
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