Rubio diz que não há "drama ou divisão" nas relações dos EUA com Japão
Secretário de Estado minimiza fala de premiê japonês e nega exigência dos EUA sobre aumento de gastos militares
(Reuters) - O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, minimizou nesta sexta-feira as preocupações sobre as relações com o Japão, importante aliado dos EUA, dizendo que não há "drama ou divisão", apesar de o primeiro-ministro japonês ter falado sobre a necessidade de Tóquio se livrar da dependência dos EUA.
Em comentários aos repórteres, Rubio também contestou os relatos sobre a pressão dos EUA sobre o Japão para aumentar significativamente seus gastos com defesa, dizendo que, embora Washington estivesse "incentivando" Tóquio a investir em certas capacidades, isso não equivalia a uma "exigência".
"Não tem tanto a ver com a quantidade de dinheiro e sim com certas coisas que eles podem fazer", disse Rubio após participar de uma reunião regional na Malásia.
A mídia japonesa informou no mês passado que o governo Trump estava exigindo que o Japão e outros aliados asiáticos aumentassem os gastos com defesa para 5% do PIB, em linha com as exigências dos membros da Otan.
Uma reportagem do Financial Times no mês passado disse que o Japão cancelou uma reunião anual de ministros da Defesa e das Relações Exteriores com os EUA, depois que o país pediu a Tóquio que aumentasse os gastos com defesa além do que havia solicitado anteriormente.
O presidente Donald Trump irritou ainda mais o Japão nesta semana ao anunciar uma tarifa de 25% sobre as importações japonesas a partir de 1º de agosto como parte de sua estratégia de tarifas globais.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, disse que o Japão precisava se livrar da dependência dos EUA em termos de segurança, alimentos e energia.
Questionado sobre as falas de Ishiba, Rubio disse que os Estados Unidos têm "um relacionamento muito forte e muito bom com o Japão, e isso não vai mudar".
"Qualquer pessoa que esteja procurando, por exemplo, drama ou divisão lá... não deveria estar fazendo isso porque a verdade é que nosso relacionamento com o Japão é muito sólido."
(Reportagem de David Brunnstrom e Daphne Psaledakis)
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