“O Brasil é gigante na produção de alimentos e na sustentabilidade”, diz Kátia Abreu
Ex-ministra da Agricultura exaltou a atuação do BNDES e do Banco do Brasil, destacou avanços da agropecuária verde
247 – A ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu fez um discurso entusiasmado e repleto de dados durante o evento “A transição energética e a sustentabilidade do futuro”, realizado em 9 de julho no Rio de Janeiro, promovido pelo BNDES com apoio do Brasil 247 e do site chinês Guancha. Ela destacou a relevância dos bancos públicos para o desenvolvimento do agronegócio e defendeu o modelo brasileiro de produção sustentável como referência para o mundo.
“Quero agradecer ao Mercadante por organizar este evento tão importante e, sobretudo, por ter resgatado o papel histórico do BNDES. Como ouvi certa vez e faço questão de repetir: o BNDES está de volta — e está de volta com todas as honras e pompas”, afirmou, sendo calorosamente aplaudida. Kátia também cumprimentou toda a diretoria do banco.
Apoio ao setor produtivo e valorização da agroindústria nacional
Kátia Abreu relembrou sua trajetória como produtora rural desde os 25 anos de idade e fez um paralelo entre os desafios enfrentados no início da carreira e os avanços proporcionados pelo crédito público. Segundo ela, o financiamento de frigoríficos durante o governo Lula foi um divisor de águas na pecuária nacional.
“Era um temor vender boi gordo para frigorífico. A gente não dormia durante 30 dias sem saber se ia receber”, contou. “Quando o presidente Lula teve aquela visão de fazer com que o banco investisse nos frigoríficos, isso fez uma virada de chave na pecuária brasileira”.
Ela destacou que o apoio do BNDES não foi exclusivo a um grupo, mas abrangeu mais de 10 frigoríficos, transformando toda a cadeia produtiva. “Nunca mais ouvimos falar de frigorífico que quebrasse, que desaparecesse do mapa deixando os produtores sem receber”, afirmou.
Kátia também elogiou a atuação da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e celebrou o papel da instituição no fortalecimento de setores estratégicos como papel e celulose, biocombustíveis, cooperativas e traders nacionais. “Sem os bancos públicos, o Brasil não seria hoje o que é nesses setores”, disse.
Agricultura brasileira: eficiência, tecnologia e sustentabilidade
A ex-ministra ressaltou os ganhos de produtividade com menor uso de terra como um ativo ambiental do país. “Nos últimos 60 anos, aumentamos nossa produção em 321% e a utilização da terra em apenas 118%. Isso evitou um desmatamento três vezes maior”, explicou. Ela atribuiu esse salto à pesquisa e tecnologia da Embrapa e fez uma homenagem ao ex-ministro Alisson Paulinelli.
Kátia apontou que a nova fronteira agrícola está no trigo do cerrado. “Estamos desenvolvendo o trigo em uma região de clima quente. Isso será uma revolução”, afirmou. Ela também alertou para o potencial da biomassa como matriz energética e o aumento da demanda por madeira de reflorestamento.
“O metro cúbico da madeira passou de R$ 60 para R$ 280 em três anos. Plantar floresta é hoje um dos melhores negócios no campo”, disse. Segundo ela, empreendimentos financiados por bancos públicos devem ser condicionados à adoção de fontes renováveis para garantir viabilidade futura.
Preservação ambiental e papel global do Brasil
Ao final, Kátia Abreu fez um apelo pelo reconhecimento da agricultura brasileira como atividade sustentável. “Temos 280 milhões de hectares preservados dentro das fazendas, fruto do Código Florestal. Isso é obra dos produtores rurais”, afirmou.
Ela celebrou o respeito internacional ao agro brasileiro: “Lá fora, as pessoas olham para o Brasil com olhos arregalados e dizem: ‘vocês são um gigante na produção de alimentos’”, relatou. E concluiu: “Esse é o Brasil que devemos mostrar ao mundo — um país que produz muito, preserva muito e tem na agricultura uma de suas maiores riquezas”. Assista:
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