Banco do Brasil quer liderar a transição ecológica com inclusão e crédito de carbono
Tarciana Medeiros afirma que o Brasil tem as melhores condições para transformar a biodiversidade e o crédito de carbono em economia sustentável
247 – A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, destacou o protagonismo da instituição no processo de transição para uma economia de baixo carbono durante sua participação no seminário “BRICS, sustentabilidade e transição energética”, realizado no dia 9 de julho no Rio de Janeiro. O evento foi promovido pelo BNDES com apoio do Brasil 247 e do site chinês Guancha.
Em sua fala, Tarciana celebrou o reconhecimento internacional da instituição que comanda: “O Banco do Brasil é o banco mais sustentável do mundo, e isso traz duas grandes responsabilidades: manter essa reputação global e fomentar cada vez mais as finanças sustentáveis no Brasil.” Segundo ela, a mudança para uma matriz energética limpa é “irreversível” e fundamental para a “manutenção da vida humana”.
A executiva enfatizou que a economia verde deve caminhar junto à inclusão social. “Não há como tratar de transição para economia de baixo carbono sem a inclusão de comunidades indígenas, quilombolas, tradicionais e de toda a cadeia do agronegócio brasileiro”, declarou. Ela defendeu o papel do Banco do Brasil como facilitador dessa transformação, desde os pequenos produtores até as agroindústrias, afirmando que o país reúne biodiversidade e tecnologia agrícola de ponta para liderar esse movimento global.
O Brasil como potência da biodiversidade
Durante sua intervenção, Tarciana explicou que o país possui o maior território de floresta preservada do mundo, com 60% de cobertura nativa. No entanto, também abriga cerca de 100 milhões de hectares de áreas degradadas com alto potencial de recuperação. “Nos últimos dois anos, o Banco do Brasil evitou o desmatamento ou recuperou cerca de 722 mil hectares”, afirmou. Isso resultou na geração estimada de 3,2 milhões de créditos de carbono ao ano — um crescimento de 300% em relação a 2022.
Ela ressaltou que o crédito de carbono precisa ser melhor compreendido pela sociedade: “Quando todo brasileiro souber o que significa um crédito de carbono, agricultura de baixo carbono e preservação ambiental, teremos uma conscientização maior sobre o papel do Brasil no cenário mundial.”
Captação internacional e inclusão social
Tarciana mencionou também os esforços do banco para captar recursos internacionais a fim de impulsionar projetos sustentáveis no Brasil. Entre os exemplos, citou operações com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e o Banco de Desenvolvimento da China. “Assinamos recentemente um protocolo de intenções de mais de 1 bilhão de dólares com a China. Quando você tem projetos robustos e uma instituição com reputação e governança, a captação se torna mais potente.”
A presidenta apontou ainda que o Banco do Brasil já iniciou operações concretas de intermediação financeira com créditos de carbono, conectando produtores rurais que geram créditos com empresas que buscam atingir metas de emissão zero. “Nosso objetivo é criar uma mesa robusta de negociação de créditos de carbono no país, com uma certificadora nacional e uma bolsa especializada”, afirmou.
Aliança estratégica com o BNDES
Ao final da apresentação, Tarciana revelou o fortalecimento da parceria institucional com o BNDES. “Quando o Aloizio Mercadante assumiu o BNDES, me perguntou por que o Banco do Brasil havia deixado de ser o principal parceiro. Hoje voltamos a ser. De 17º, passamos a ser o número 1 na distribuição de recursos.”
Em tom pessoal, ela concluiu ressaltando sua ligação histórica com a instituição: “Meu primeiro emprego foi no Banco do Brasil. E temos orgulho de ser uma empresa de comunicação que também neutraliza suas emissões de carbono.” Assista:
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