Padilha: "foi para reduzir o tempo de espera que lançamos o Agora Tem Especialistas"
Iniciativa prevê uso das redes pública e privada, troca de dívidas por procedimentos e meta de diagnóstico de câncer em 30 dias
247 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), detalhou nesta quarta-feira (25) o programa Agora Tem Especialistas, criado para acelerar o atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A apresentação ocorreu no quadro radiofônico “Bom dia, Ministro”, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo Padilha, a proposta integra toda a rede hospitalar — pública, privada e filantrópica — para ampliar em até 30 % a capacidade de consultas, exames e cirurgias em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. “Estamos aqui para explicar para a população aquilo que é um sonho do presidente Lula: reduzir o tempo de espera… É para enfrentar essa situação, reduzir esse tempo de espera que lançamos o Agora Tem Especialistas”, afirmou.
Expansão de cirurgias e de radioterapia - Em 2024, o SUS registrou recorde de 14 milhões de cirurgias eletivas, mas o ministro reconheceu que “a gente tem todos os problemas represados desde a época da pandemia”. Para enfrentar a fila oncológica, a pasta investirá R$ 400 milhões na implantação de 121 aceleradores lineares. “No câncer, tempo é vida… Vamos fazer a maior expansão desses equipamentos, são 121 novos, vão estar implantados até o ano que vem”, disse Padilha, ao lembrar que a meta é diagnosticar casos suspeitos em 30 dias e iniciar o tratamento em até 60.
Telessaúde, carretas e mutirões - O programa incorpora consultas a distância via telessaúde, mutirões regionais e unidades móveis equipadas — as populares “carretas”. “A gente vai botar carretas com essas máquinas de exames, circulando em regiões onde há mais dificuldade de acesso”, explicou, acrescentando que estados e municípios também poderão contratar o serviço.
Dívida trocada por atendimento - Uma inovação é o uso de dívidas de hospitais privados e filantrópicos com a União como moeda para procedimentos especializados no SUS. “Pela primeira vez, hospitais privados, filantrópicos, planos de saúde que têm dívidas com a União… [verão] essas dívidas se transformarem em cirurgias, exames diagnósticos e consultas especializadas”, destacou o ministro. O limite anual será de R$ 2 bilhões: “quando a gente chegar no valor total de R$ 2 bilhões, a gente encerra… Por ano, serão R$ 2 bilhões”.
A distribuição desses recursos seguirá critérios populacionais para corrigir a concentração de hospitais endividados no Sudeste. “Vai ter uma distribuição regional do recurso… para ter essas ações em todas as regiões”, garantiu Padilha. Todos os estabelecimentos — públicos ou privados — terão de alimentar um painel nacional de monitoramento.
Saúde da mulher como prioridade - Outro eixo do Agora Tem Especialistas é a Oferta de Cuidados Integrados em Ginecologia, com investimento recorrente de R$ 300 milhões e cobertura estimada de 95 milhões de mulheres em idade fértil. “Nós publicamos um novo combo de exames, consultas especializadas, cirurgias no tempo adequado para a saúde da mulher. É a prioridade absoluta do Ministério da Saúde tudo que envolve a saúde da mulher”, concluiu.
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