Ex-CAC reincidente é preso em Nova Iguaçu por montar fábrica clandestina de munições
Elias Vigorito, preso em 2019 com arsenal ligado a grupo criminoso, foi flagrado fabricando silenciadores e recarregando munição ilegalmente
247 - Na manhã desta quinta-feira (3), agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) prenderam em flagrante Elias Vigorito, ex-CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), durante operação realizada no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, informa Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.
Segundo a reportagem, Vigorito já havia perdido o certificado de registro como CAC por “perda de idoneidade”, conforme consta em apuração realizada junto ao Exército Brasileiro. Ele também já era conhecido das autoridades: em 2019, foi detido em flagrante com um arsenal que, de acordo com as investigações, tinha vínculo com um grupo criminoso envolvido em homicídios e organização criminosa na região serrana do Rio de Janeiro.
Fábrica clandestina montada dentro de casa - O mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça da comarca de Nova Iguaçu, teve como base uma investigação que apontava que o ex-CAC armazenava armas de fogo em casa de forma irregular e comercializava munições e acessórios bélicos de maneira ilegal.
Ao entrar no imóvel, os policiais encontraram uma verdadeira oficina clandestina. Havia estrutura voltada à fabricação de supressores de ruído (os chamados silenciadores), além de ferramentas e insumos para a recarga de munições — prática que só pode ser feita mediante autorização e registro específicos.
Entre os materiais apreendidos estavam armas de fogo, maquinários, peças parcialmente montadas e artefatos prontos para modificação, o que, segundo a polícia, evidencia atividade criminosa voltada à produção e customização de armamentos.
Prisão em flagrante e novas investigações - Diante das provas coletadas no local, Elias Vigorito foi autuado em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de uso restrito, fabricação ilegal de munições e acessórios de arma de fogo. As penas somadas podem ultrapassar 10 anos de reclusão, caso seja condenado.
A Desarme informou que o próximo passo será a análise de dispositivos eletrônicos encontrados com o investigado. A expectativa é identificar eventuais conexões com redes criminosas que atuam na aquisição, produção e distribuição ilegal de armamentos no estado do Rio de Janeiro e em outras regiões do país.
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