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Corpo de Juliana Marins será cremado nesta sexta em Niterói após queda em trilha na Indonésia

Cerimônia no Parque da Colina será aberta ao público até o meio-dia; jovem esperou quatro dias por resgate após acidente fatal no Monte Rinjani

Juliana Marins (Foto: Reprodução )
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247 - Dez dias após sua morte trágica na Indonésia, a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, terá o corpo cremado nesta sexta-feira (4), no Cemitério Parque da Colina, no bairro de Pendotiba, em Niterói, cidade onde morava, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As informações são do g1.

Juliana faleceu ao cair em uma trilha do vulcão Rinjani. O corpo só foi resgatado quatro dias após o acidente, o que gerou críticas da família quanto à atuação das autoridades indonésias. Segundo relato de familiares, a jovem desejava ser cremada — um pedido que agora será cumprido após autorização judicial.

A cerimônia de despedida será dividida em duas etapas: das 10h às 12h, o velório será aberto ao público. Em seguida, das 12h30 às 15h, o acesso será restrito a familiares e amigos próximos.

O corpo da jovem chegou ao Brasil na última terça-feira (1). A Defensoria Pública da União (DPU) solicitou à Justiça Federal que fosse realizada uma nova autópsia, já em território nacional, procedimento concluído na quarta-feira (2). Um laudo preliminar deverá ser apresentado no prazo de até sete dias. Na quinta-feira (3), a Justiça autorizou a cremação. A decisão foi proferida pelo juiz Alessandro Oliveira Felix, da Vara de Registros Públicos da Capital, atendendo ao pedido da irmã de Juliana, Mariana de Souza Pereira Marins, e à solicitação da própria defensoria.

O defensor público Marcos Paulo Dutra Santos, coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da DPU, explicou que o procedimento exigia uma série de etapas. “Ainda na segunda-feira, fomos procurados pela Defensoria Pública da União para providenciar a cremação. Por conta da documentação que precisava ser reunida, entramos com o pedido na Vara de Registros Públicos na quarta-feira (3), mas, para a autorização da cremação, ainda faltavam a comprovação da realização da nova autópsia no Brasil e a liberação do corpo pela Justiça Federal. Apresentada essa documentação, conseguimos obter a cremação”, disse ele.

Segundo a família, a cremação era um desejo da própria Juliana. Para o defensor, o cumprimento dessa vontade tem significado simbólico diante das dificuldades enfrentadas. “Embora a nossa atuação diga respeito à cremação, essa é uma forma de resguardar a dignidade humana da Juliana, considerando o desejo pela cremação — dignidade essa que, ao que tudo indica, foi muito negligenciada pelas autoridades da Indonésia. O direito à dignidade humana compreende o direito ao luto”, afirmou Marcos Paulo Dutra Santos.

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