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Ataques racistas deixam aluna de 11 anos em pânico em escola do DF

De acordo com relatos da irmã da menina, os ataques eram frequentes

(Foto: TANIA REGO/AGÊNCIA BRASIL)
Laís Gouveia avatar
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247 - Uma série de agressões racistas dentro de uma escola pública do Distrito Federal deixou uma aluna de apenas 11 anos em estado de pânico e expôs mais um grave episódio de intolerância racial no ambiente escolar. As informações são do portal Metrópoles, que revelou detalhes do caso nesta quinta-feira (4).

Segundo a reportagem, as ofensas ocorreram na última quarta-feira (2/7), em uma unidade de ensino no Riacho Fundo II. Três alunas, com idades entre 12 e 14 anos, teriam humilhado a estudante, utilizando expressões ofensivas relacionadas à sua aparência e ao cabelo. A vítima, profundamente abalada, precisou ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após sofrer uma crise de ansiedade e um ataque de pânico ainda dentro da escola.

De acordo com relatos da irmã da menina, que preferiu não se identificar, os ataques eram frequentes e tinham como objetivo destruir a autoestima da vítima. “Elas acabaram com o amor próprio da minha irmã, sempre a chamando de ‘cabelo de bucha’, ‘cabelo de pica’ e de preta nojenta”, relatou.

Além dos xingamentos, a criança também foi ameaçada de espancamento caso denunciasse os agressores à direção. Segundo a irmã, quando os pais das estudantes envolvidas foram chamados pela escola, a situação se agravou. “Os pais delas foram chamados, o que provocou a ira da aluna mais velha, de 14 anos. Ela afirmou que se vingaria e chamaria outras garotas para espancar a minha irmã na saída da aula”, contou.

Diante da gravidade do caso, a Secretaria de Educação do DF (SEE) confirmou a ocorrência e decidiu transferir todas as estudantes envolvidas para outras unidades de ensino. A vítima também será transferida, por decisão da família, como forma de protegê-la e tentar reestabelecer sua segurança emocional.

A SEE informou ainda que uma sindicância foi aberta para apurar possíveis falhas ou negligências por parte da direção da escola. Servidores da pasta também acompanharam a família da vítima até a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA II), onde o caso foi formalizado como ato infracional análogo à injúria racial e ameaça.

A Polícia Civil do DF segue investigando o episódio, classificado pelas autoridades e pela Secretaria de Educação como gravíssimo. O caso reacende o alerta sobre o racismo nas escolas e a necessidade de medidas eficazes para coibir esse tipo de violência, além de acolher as vítimas e suas famílias.

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