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Trump diz que Hamas tem 24 horas para responder a proposta de cessar-fogo em Gaza

Presidente dos EUA afirma que Israel já aceitou acordo e pressiona movimento palestino enquanto negocia expansão dos Acordos de Abraão com a Arábia Saudita

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - 27/06/2025 (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o mundo saberá nas próximas 24 horas se o Movimento de Resistência Hamas aceitará o que ele classificou como a “proposta final” para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, informou nesta sexta-feira (4) a Reuters.

A declaração de Trump foi feita durante compromissos na Casa Branca, onde ele recebeu ministros das Relações Exteriores de Ruanda e da República Democrática do Congo. O presidente norte-americano também confirmou que discutiu com a Arábia Saudita a possível ampliação dos chamados Acordos de Abraão, iniciativa de normalização das relações diplomáticas entre Israel e países árabes lançada em seu primeiro mandato.

Trump afirmou que Israel já aceitou as condições necessárias para formalizar um cessar-fogo de 60 dias com o Hamas, durante o qual as partes tentariam pôr fim à guerra. Questionado sobre a posição do Hamas, o presidente respondeu de forma sucinta: “Veremos o que acontece, saberemos nas próximas 24 horas”.

De acordo com uma fonte próxima ao Hamas ouvida pela Reuters, o movimento palestino exige garantias concretas de que a proposta de cessar-fogo, apoiada por Washington, levará efetivamente ao fim da ofensiva militar israelense em Gaza. Já autoridades israelenses disseram que os detalhes do possível acordo ainda estão sendo negociados.

Enquanto as tratativas avançam nos bastidores, o conflito segue com episódios de violência. Autoridades de Gaza relataram que dezenas de palestinos morreram em 

Expansão dos Acordos de Abraão

Além das negociações de cessar-fogo, Trump trabalha para expandir os Acordos de Abraão, tratados de normalização entre Israel e países árabes que marcaram seu primeiro mandato.

O presidente confirmou que esse foi um dos temas discutidos em reunião na Casa Branca com o ministro da Defesa da Arábia Saudita, príncipe Khalid bin Salman. “É uma das coisas sobre as quais conversamos”, disse Trump. “Acho que muita gente vai aderir aos Acordos de Abraão”, completou, atribuindo essa possível adesão ao enfraquecimento do Irã após recentes ataques conjuntos de Estados Unidos e Israel.

Segundo o site Axios, após o encontro com Trump, o príncipe saudita teria conversado por telefone com Abdolrahim Mousavi, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã. Embora os detalhes dessa conversa não tenham sido divulgados oficialmente, o gesto indica os esforços diplomáticos paralelos da Arábia Saudita para manter canais de diálogo com Teerã.

O encontro de Trump com a autoridade saudita antecede a visita oficial do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Washington, prevista para a próxima semana, que deve discutir com Trump tanto o cessar-fogo em Gaza quanto a estratégia regional envolvendo Irã, Arábia Saudita e outros países do Oriente Médio.

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