Otan ameaça Brasil, China e Índia com sanções por comércio com Rússia
Secretário-geral da Otan alerta para punições caso países mantenham relações comerciais com Moscou; Trump exige acordo de paz em 50 dias
247 - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, declarou nesta quarta-feira (15) que países como Brasil, China e Índia poderão enfrentar duras sanções secundárias caso persistam em manter relações comerciais com a Rússia. A advertência, segundo a CNN Brasil, foi feita durante uma reunião com senadores norte-americanos no Congresso dos Estados Unidos.
A fala de Rutte ocorre um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar um novo envio de armamentos à Ucrânia. Trump também condicionou a continuidade do apoio militar a um acordo de paz no prazo máximo de 50 dias. Segundo o presidente, se esse objetivo não for alcançado, seu governo poderá adotar tarifas punitivas contra países que estiverem "alimentando a guerra com negócios com o Kremlin".
A ameaça de sanções secundárias amplia a pressão sobre os chamados países não alinhados — especialmente membros do Brics, como Brasil, China e Índia — que mantêm laços econômicos com Moscou, mesmo após as sanções ocidentais impostas desde o início da guerra na Ucrânia.
O alerta de Rutte, recém-empossado no cargo de chefe da aliança militar ocidental, reflete o alinhamento entre Otan e Casa Branca na tentativa de isolar a Rússia internacionalmente. Até o momento, Brasil, China e Índia têm buscado adotar uma posição de neutralidade no conflito, com defesas reiteradas de soluções diplomáticas para encerrar a guerra.
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