Lavrov diz que Ocidente não conseguirá derrotar a Rússia
Chanceler russo acusa Otan e União Europeia de usar a Ucrânia como “aríete” contra Moscou e alerta que política agressiva do Ocidente é inútil
247 - Em visita oficial ao Quirguistão neste domingo (29), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, voltou a criticar duramente a postura de confronto adotada pelos países ocidentais em relação ao Kremlin. Segundo o diplomata russo, as tentativas da Otan e da União Europeia de impor uma “derrota estratégica” à Rússia estão fadadas ao fracasso. As declarações foram divulgadas pelo site RT.
“Estamos testemunhando um confronto sem precedentes entre nosso país e o Ocidente coletivo, que decidiu mais uma vez entrar em guerra contra nós e infligir uma derrota estratégica à Rússia, essencialmente usando o regime nazista em Kiev como aríete”, afirmou Lavrov durante encontro com seu homólogo quirguiz, Jeenbek Kulubaev. “O Ocidente nunca teve sucesso nisso e também não terá desta vez.”
O chanceler russo ainda afirmou que parte dos formuladores de políticas no Ocidente “estão começando a intuir” que essa abordagem agressiva em relação à Rússia não trará resultados, embora não tenha citado quais governos ou líderes estariam reconsiderando suas posturas.
As falas de Lavrov se somam a uma série de alertas e críticas de Moscou ao crescente apoio militar e financeiro ocidental à Ucrânia, especialmente à militarização promovida pela Otan e pela União Europeia.
Para o Kremlin, a expansão da aliança militar ocidental rumo às suas fronteiras é vista como uma ameaça direta à segurança nacional. Ucrânia ao bloco como uma das raízes do atual conflito armado.
A decisão recente da Otan de aumentar os gastos dos países membros com defesa para até 5% do PIB também foi criticada por Moscou. A justificativa europeia seria conter a “ameaça de longo prazo representada pela Rússia à segurança euro-atlântica”, o que, para o governo russo, não passa de pretexto para alimentar a corrida armamentista.
O presidente russo, Vladimir Putin, já havia rebatido as alegações ocidentais, classificando-as como “absurdas” e acusando a Otan de fabricar ameaças inexistentes para justificar o aumento de orçamentos militares e pressionar economicamente a população dos países-membros.
“O jogo unilateral nas relações com o Ocidente acabou”, disse Putin em outra ocasião, reforçando que Moscou não aceitará ser tratada como inimiga ou alvo de campanhas militares e políticas que comprometam sua soberania e segurança.
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