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Irã prende centenas por ligação com o Mossad durante confronto com Israel

Segundo autoridades, 700 suspeitos de colaborar com a inteligência israelense foram detidos; execuções de espiões também foram confirmadas

Bandeiras de Israel (à esq.) e do Irã (Foto: Reprodução I Divulgação)

247 - Durante a recente guerra de Israel contra o Irã, as autoridades iranianas desencadearam uma das maiores operações de segurança interna dos últimos anos, com a prisão de 700 indivíduos suspeitos de colaborar com o serviço secreto israelense, o Mossad. As informações foram divulgadas pelo portal Al Mayadeen, com base em fontes de segurança e agências de notícias locais.

Segundo o relatório, as prisões ocorreram principalmente nas províncias de Kermanshah, Isfahan, Khuzestan, Fars e Lorestan. Embora números detalhados referentes à capital Teerã não tenham sido divulgados, fontes afirmam que mais de 10 mil drones de pequeno porte foram apreendidos na cidade, indicando a dimensão das tentativas de sabotagem atribuídas aos supostos espiões.

De acordo com o governo iraniano, os detidos estariam envolvidos em uma série de atividades clandestinas, incluindo o direcionamento e uso de drones suicidas, fabricação de granadas de mão, filmagem de instalações militares sensíveis e o repasse de informações estratégicas ao exército israelense, que Teerã classifica como “força de ocupação sionista”.

As autoridades ressaltaram que os números divulgados dizem respeito apenas a cidadãos iranianos, o que revela o caráter doméstico da operação de repressão e contraespionagem. Casos envolvendo estrangeiros não foram incluídos nesse balanço.

Execuções de espiões

Além das prisões em massa, o governo do Irã confirmou a execução de quatro indivíduos condenados por espionagem a serviço do Mossad. Três deles foram enforcados na cidade de Urmia, após serem considerados culpados pelo Tribunal Revolucionário por colaborar com a inteligência israelense e facilitar o contrabando de equipamentos usados em atentados no país.

Em outro caso, ocorrido em 16 de junho, Majid Mosayyebi foi executado na cidade de Isfahan. Segundo o tribunal, ele teria mantido contato frequente com um agente do Mossad identificado apenas como "David", residente em um país do Golfo. Mosayyebi foi acusado de fornecer informações sensíveis sobre locais e figuras estratégicas do Irã, em troca de pagamentos em criptomoedas.

Fontes de segurança iranianas afirmam que as informações vazadas por Mosayyebi comprometiam diretamente a defesa nacional, embora detalhes sobre os alvos não tenham sido revelados ao público.

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