EUA atingiram infraestrutura nuclear do Irã de Fordow, mas não eliminaram estoque de urânio, afirma Seymour Hersh
Renomado jornalista afirma que ofensiva norte-americana comprometeu acesso ao material, mesmo sem destruir estoques de Teerã
247 - O jornalista norte-americano e ganhador do Prêmio Pulitzer, Seymour Hersh, afirmou que os ataques dos Estados Unidos à instalação nuclear iraniana de Fordow não destruíram o estoque de urânio enriquecido do país, mas o tornaram inacessível por tempo indeterminado.
De acordo com Hersh, “o total isolamento em Fordow, onde está o único suprimento conhecido de urânio enriquecido do Irã, significa que a capacidade de fabricar uma ogiva nuclear, caso a liderança iraniana optasse por isso, foi gravemente comprometida”. Ele acrescentou que, embora o material permaneça intacto, será “impossível alcançá-lo por muitos anos, se é que algum dia será possível”.
Alvo central: infraestrutura nuclear, não lideranças
Ainda segundo o jornalista, suas fontes informaram que nenhum dos mísseis norte-americanos teve como alvo autoridades iranianas. O foco da ofensiva, segundo ele, foi unicamente a capacidade nuclear do país persa.
A Comissão de Energia Atômica de Israel corroborou os efeitos devastadores do ataque, declarando que a ofensiva dos EUA destruiu a infraestrutura crítica da instalação de Fordow, tornando-a inoperante e dificultando, por anos, o desenvolvimento de armamento nuclear por parte do Irã.
Avaliação contraditória da inteligência dos EUA
Apesar do tom triunfante do anúncio israelense, um relatório preliminar da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA), citado pela CNN na terça-feira (24), aponta que os ataques norte-americanos a três instalações nucleares iranianas não eliminaram os principais componentes do programa nuclear. Segundo o documento, a ação teria apenas “atrasado” o avanço do projeto por alguns meses.
A divergência entre as avaliações levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a acusar veículos da imprensa norte-americana, como o New York Times e a própria CNN, de “tentar espalhar informações enganosas” sobre os efeitos reais dos bombardeios conduzidos por Washington.
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