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“Taxar os super-ricos é fortalecer o SUS e aliviar 99% da população”, diz Alexandre Padilha

Ministro rebate crítica de que proposta do governo cria divisão e defende redistribuição como base do financiamento da saúde pública

Alexandre Padilha (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – Em entrevista concedida ao jornalista Marcelo Auler, da TV 247, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu a proposta do governo Lula de tributar os mais ricos como medida essencial para ampliar os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a carga tributária que recai sobre a maioria da população. O ministro rejeitou a ideia de que esse debate configure uma campanha de antagonismo social, ao estilo “nós contra eles”.

“Primeiro, eu não vejo uma campanha ‘nós contra eles’. O que eu vejo é um esforço do presidente Lula de reduzir impostos para 99% da população”, afirmou Padilha logo no início da conversa. Segundo ele, a estratégia do governo é baseada na redistribuição justa da carga tributária, com foco na sustentabilidade das políticas públicas.

O ministro explicou que, para garantir avanços no sistema de saúde e ampliar a oferta de serviços gratuitos, é necessário contar com uma nova base de arrecadação. “Para você reduzir os impostos de 99% da população e continuar ampliando recursos da saúde, poder fazer o que nós acabamos de fazer — trazer um medicamento que custe de R$ 2.000 a R$ 5.000 para as famílias, pro SUS — alguém tem que pagar essa conta”, pontuou.

Padilha destacou que o foco da taxação está em menos de 1% da população, com patrimônio e renda significativamente superiores à média nacional. “O presidente tá dizendo é que quem vai contribuir um pouco mais com os recursos da saúde é menos de 1% da população brasileira”, disse.

De acordo com o ministro, esse esforço de justiça fiscal está diretamente relacionado à valorização da vida, do acesso à ciência e da garantia de saúde pública de qualidade. “Então é uma campanha a favor da vida, a favor da ciência, a favor de um SUS mais forte. Pra gente ter um SUS mais forte e reduzir os impostos para 99% da população brasileira, o 1% pode contribuir muito mais para isso.”

Ao reforçar o compromisso do governo com a equidade no financiamento da saúde pública, Padilha buscou desconstruir a narrativa de que a proposta cria antagonismos sociais artificiais. Para ele, trata-se de uma medida racional, voltada ao fortalecimento do Estado e dos direitos sociais. Assista: 

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