HOME > Cultura

Debora Bloch usa personagem de 'Vale Tudo' para apoiar imposto sobre grandes fortunas

Atriz critica desigualdade fiscal no Brasil ao comparar carga tributária de personagens da novela e declara apoio à taxação dos super-ricos

Débora Bloch como "Odete Roitman" em "Vale Tudo" (Foto: Reprodução/Globoplay)
Guilherme Levorato avatar
Conteúdo postado por:

247 - A atriz Debora Bloch utilizou sua personagem em Vale Tudo para defender a criação de um imposto sobre grandes fortunas, informa a Folha de S. Paulo. Em uma publicação feita em seu perfil no Instagram na quinta-feira (10), Bloch se posicionou a favor da justiça tributária e criticou o atual modelo de arrecadação no país.

Atualmente interpretando a bilionária Odete Roitman na reexibição do clássico da TV Globo, Bloch afirmou: “só na ficção vale tudo. Todo o meu apoio à justiça tributária com a taxação de grandes fortunas”. A frase faz referência direta ao título da novela e à hipocrisia de sua personagem, conhecida pelo desprezo às classes populares.

Na publicação, a atriz compartilhou uma série de imagens comparando a carga de Imposto de Renda que personagens da novela pagariam, numa simulação que expõe as distorções do sistema tributário brasileiro. De acordo com as imagens, a cozinheira Raquel pagaria 7,5% de IR, enquanto a bilionária Roitman desembolsaria apenas 2%. Já a diretora de arte Solange teria uma alíquota de 27,5%, contra 5,4% do herdeiro Afonso Roitman. A secretária Aldeíde pagaria 22,5%, enquanto o executivo Marco Aurélio também se beneficiaria de uma alíquota reduzida, de 5,4%.

Bloch também destacou em sua postagem uma declaração do cineasta Walter Salles, herdeiro de uma das maiores fortunas do Brasil e diretor do filme Ainda Estou Aqui. Ao ser homenageado como uma das personalidades do ano pelo prêmio Faz Diferença, Salles defendeu publicamente “a construção de um país mais justo e igualitário”. A atriz Fernanda Torres, também laureada, aparece ao lado dele na homenagem.

A última imagem do carrossel publicado por Debora Bloch remete a uma reportagem do UOL que estima em R$ 1,3 trilhão por ano o potencial de arrecadação caso o Brasil implemente a taxação sobre grandes fortunas.

O tema voltou ao centro do debate político depois que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu a criação desse tributo durante a cúpula dos BRICS e o governo, antes disso, apresentou ao Congresso um projeto que tem como objetivo isentar que ganha até R$ 5 mil do pagamento de IR, enquanto, como compensação, tributa os mais ricos. Haddad tem articulado uma série de propostas de justiça fiscal como parte do plano do governo para aumentar a arrecadação de forma progressiva.

❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Cortes 247

Relacionados

Carregando anúncios...
Carregando anúncios...