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Economia paulista será uma das mais prejudicadas com 'tarifaço', diz Alckmin

Vice-presidente critica sobretaxa de Trump sobre produtos brasileiros e afirma que governo Lula recorrerá à OMC em defesa do livre comércio

(Foto: Log Produções)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – Em entrevista concedida nesta sexta-feira (11) à rádio CBN, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a economia do Estado de São Paulo será uma das maiores vítimas da tarifa extra de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida foi determinada pelo presidente norte-americano Donald Trump, que está em seu segundo mandato desde 2025. A notícia foi publicada pelo jornal Valor Econômico.

Alckmin demonstrou preocupação especial com os impactos regionais da taxação: "A maior vítima dessas tarifas é a economia paulista: Embraer, siderurgia, metalurgia, suco de laranja, carnes, café", declarou. Segundo o vice-presidente, o movimento do governador Tarcísio de Freitas, que se reuniu no mesmo dia com o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, evidenciou uma postura alinhada ao governo Trump. “O que ele fez foi colocar o boné do Trump”, afirmou Alckmin, numa crítica direta à atitude do governador.

O vice-presidente ressaltou que a medida norte-americana não apenas é prejudicial, mas também contraditória: "Os Estados Unidos têm superávit na balança comercial com o Brasil", disse. Ele ainda apontou que, dos dez principais produtos que os EUA compram do Brasil, oito são isentos de tarifa, o que reforça o caráter, segundo ele, "equivocado e injusto" da nova taxação.

Alckmin indicou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende levar a questão à Organização Mundial do Comércio (OMC). “O presidente Lula deve levar essa questão para a OMC em defesa do multilateralismo e do livre comércio”, declarou. Segundo o vice, tanto o presidente quanto a equipe econômica foram surpreendidos pela medida, especialmente em um momento em que o Brasil negociava com os Estados Unidos em torno das tarifas já aplicadas sobre o aço.

A imposição da sobretaxa por Donald Trump representa mais um episódio de tensão nas relações comerciais entre os dois países. A resposta brasileira deverá ser coordenada, com ações diplomáticas e jurídicas articuladas no âmbito da OMC, reforçando o compromisso do Brasil com o comércio internacional baseado em regras e na equidade entre as nações.

Enquanto isso, os setores industriais mais relevantes do Estado de São Paulo — tradicional motor da economia nacional — já demonstram sinais de alerta diante dos possíveis impactos diretos em suas exportações. A movimentação do governo federal será decisiva para mitigar os danos e manter o diálogo aberto com a administração norte-americana.

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