“Queremos um agricultor fortalecido, com acesso a todas as políticas”, diz Paulo Teixeira
Plano Safra da Agricultura Familiar vai disponibilizar R$ 89 bilhões em crédito
247 - Um dia após o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o principal objetivo do governo federal é fortalecer os agricultores em todo o país, garantindo o acesso efetivo às linhas de crédito subsidiadas.
Segundo Teixeira, é essencial que os gerentes de bancos estejam preparados para orientar os produtores sobre os benefícios das políticas públicas. “O aprendizado mais importante é formar o gerente para essas políticas. Para que ele as implemente, que receba o agricultor e o ajude a dar um salto na sua produção”, afirmou.
O ministro ressaltou que o envolvimento de instituições de ensino e pesquisa é fundamental nesse processo. “Queremos que os gerentes chamem o Instituto Federal, a Universidade, a Embrapa, a Empresa de Assistência Técnica do Estado. E que nesse arranjo ajude os agricultores a encontrar os melhores meios de produção, de agregação de valor, de processamento, de acesso ao mercado.”
O novo plano destina R$ 89 bilhões para políticas de crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo e outras iniciativas. Entre os destaques estão o reforço ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e a oferta de juros reais negativos para a produção de alimentos.
“Queremos um agricultor fortalecido, com acesso a todas as políticas públicas, que possa progredir e produzir alimentos saudáveis para botar na mesa do povo brasileiro”, resumiu o ministro.
Desde o início do atual governo, somando os dois últimos planos safras, já foram destinados mais de R$ 225 bilhões à agricultura familiar. A edição atual traz novidades como linhas de crédito específicas para práticas agroecológicas, irrigação sustentável, adaptação às mudanças do clima, quintais produtivos rurais, conectividade e acessibilidade no campo.
Questionado sobre as diferenças em relação ao ano anterior, Teixeira destacou a centralidade da inclusão. “Ele tem um componente forte de inclusão pela via econômica da mulher, do jovem e das pessoas mais pobres. O Plano Safra tem uma centralidade importante de incluir. O crédito para o pequeno é uma marca do nosso Plano Safra.”
O caráter nacional da iniciativa também foi ressaltado. “Apoiamos muito a região Sul. Com tudo o que aconteceu no Sul, houve um aporte importante de recursos para a região. Mas o Plano Safra também se tornou nacional. Foi para o Nordeste, Norte, Sudeste e Centro-Oeste”, enfatizou.
O ministro pontuou ainda que a nova safra foi planejada com atenção especial às questões ambientais e à sustentabilidade. “Ele é mais ambiental, com a questão das florestas produtivas, sistemas agroflorestais, o tema da agroecologia, dos produtos orgânicos.”
Outro ponto abordado foi o incentivo à aquisição de maquinário adequado ao perfil da agricultura familiar. O limite de financiamento para máquinas de menor porte foi ampliado de R$ 50 mil para R$ 100 mil, mantendo a taxa de juros de 2,5%. Para equipamentos maiores, de até R$ 250 mil, os juros são de 5%.
“Estamos conseguindo realizar um sonho nosso de produção de máquinas para o agricultor familiar, aquelas máquinas de menor porte”, disse.
“Estamos financiando uma cadeira que parece um tratorzinho para o campo. No Norte, tem a pessoa que colhe açaí. A pessoa vai subindo na árvore e apanha o açaí. Tem muito acidente. Ontem, foi apresentada uma maquininha que apanha o açaí e não precisa a pessoa subir na árvore.”
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