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Lindbergh contesta lógica do tarifaço de Trump contra o Brasil: “Quem assessora o sr. Trump?”

Deputado diz que os EUA acumulam superávit de US$ 88,6 bi com o Brasil desde 2009 e critica proposta de tarifaço feita por Donald Trump

Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)
Luis Mauro Filho avatar
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247 - Em reação às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a intenção de impor novas tarifas ao Brasil, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, saiu em defesa da relação comercial entre os dois países e apontou contradições nas alegações feitas pelo mandatário norte-americano. A crítica foi registrada em entrevista à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

“Ora, quem assessora o sr. Trump? Os dados mostram o contrário: desde 2009, os EUA têm superávit comercial com o Brasil. Nosso país registrou US$ 88,6 bilhões a mais em importações. O Brasil é um dos poucos países do mundo com quem os EUA têm superávit comercial”, declarou Lindbergh.

O parlamentar destacou que os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços indicam que, há 16 anos, os Estados Unidos vendem mais ao Brasil do que compram. “A balança comercial brasileira com os EUA está em déficit desde 2009. Ou seja, ao longo dos últimos 16 anos, o Brasil compra muito mais do que vende para os EUA. O relacionamento comercial do Brasil com os Estados Unidos é marcado por predominância da economia norte-americana, segundo números da série histórica”, reforçou.

Para Lindbergh, diante dessa realidade, qualquer medida protecionista vinda da Casa Branca deve ser enfrentada com firmeza. Ele mencionou a existência de um instrumento legal aprovado pelo Congresso Nacional que pode ser acionado pelo governo brasileiro. “De todo modo, o Brasil tem legislação — a Lei de Reciprocidade — aprovada pelo Congresso Nacional, que dá ao Governo Lula condições de fazer frente a eventual tarifaço de Trump”, disse.

A legislação em questão autoriza o Executivo a retaliar medidas hostis de parceiros comerciais. “A nova lei permite que o governo brasileiro imponha tarifas adicionais, suspenda concessões comerciais ou até mesmo deixe de cumprir obrigações relacionadas à propriedade intelectual quando houver medidas hostis de outros países, como barreiras comerciais unilaterais”, concluiu o deputado.

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