Gás natural é ponte estratégica para futuro sustentável, diz presidente da CNOOC no Brasil
Huang Yehua defende papel do gás natural na transição energética e propõe quatro pilares para acelerar a descarbonização
247 – O presidente da petroleira chinesa CNOOC no Brasil, Huang Yehua, defendeu com firmeza o papel do gás natural como vetor estratégico para a transição energética global durante o evento “A transição energética e a sustentabilidade do futuro”, realizado no dia 9 de julho no Rio de Janeiro. O encontro foi promovido pelo BNDES, com apoio do Brasil 247 e do site chinês Guancha.
“É um privilégio extraordinário me dirigir a vocês hoje sobre descarbonização e gás natural, um tema que está no coração da nossa missão comum por um futuro sustentável”, afirmou o executivo ao iniciar sua apresentação, ressaltando que seu objetivo era ser objetivo e eficiente na exposição de suas ideias.
Quatro pilares para a transição energética com gás natural
Huang estruturou seu discurso com base em quatro pilares que, segundo ele, podem acelerar a construção de uma economia de baixo carbono.
1. Cultivar consciência social — a base da mudança
“Descarbonização começa com as pessoas. Exige uma mudança de valores que caminhe em paralelo com os avanços tecnológicos”, afirmou. Ele defendeu que os governos liderem campanhas de educação energética e climática, especialmente entre os jovens, para criar uma cultura de sustentabilidade. “Devemos empoderar os indivíduos a adotarem o consumo responsável, transformando consciência em participação ativa na nossa missão comum”, acrescentou.
2. Fortalecer a coordenação governamental — o motor da transição justa
Para Huang, políticas públicas coesas e coordenação entre setores são essenciais para que o gás natural desempenhe seu papel como combustível de transição. Ele defendeu a modernização das métricas de desenvolvimento nacional, incorporando valores ambientais como os produtos brutos dos ecossistemas. “Políticas alinhadas constroem confiança entre investidores e demonstram compromisso de longo prazo com a infraestrutura de baixo carbono”, declarou.
3. Fomentar a inovação corporativa — o setor privado como força do bem
Segundo o presidente da CNOOC no Brasil, empresas de energia têm responsabilidade única em conciliar as necessidades do presente com os objetivos do futuro. “Expandir o uso do gás natural como alternativa de menor emissão em setores difíceis de descarbonizar, como a indústria pesada e a geração de energia, é essencial”, disse. Ele também defendeu investimentos em tecnologias como captura de carbono e hidrogênio azul, além de priorizar a eficiência ao longo de toda a cadeia de valor. “A indústria precisa liderar com resultados mensuráveis que mostrem que sustentabilidade e lucratividade podem caminhar juntas”, afirmou.
4. Empoderar a transformação do consumidor — impulsionando a demanda por mudança
Por fim, Huang destacou que a transição energética será bem-sucedida quando os consumidores forem protagonistas. “Expandir a infraestrutura de acesso à energia limpa, incluindo redes de gás natural, garante fornecimento confiável, acessível e de baixo carbono”, explicou.
Cooperação sino-latino-americana e visão de futuro
Huang Yehua também destacou o fortalecimento da parceria entre China e América Latina no contexto da transição energética. “A transformação energética global não é mais uma aspiração distante. Ela é um imperativo social, impulsionado pelo chamado coletivo da humanidade por ar mais limpo, maior equidade e um sistema energético mais resiliente”, afirmou.
Encerrando sua participação, ele reiterou o compromisso da China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) com soluções pragmáticas e sustentáveis para os desafios do futuro. Segundo ele, “os próximos anos serão decisivos”, e a atuação conjunta de governos, empresas e consumidores será determinante para alcançar um futuro energético mais limpo e justo. Assista:
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