Há risco de "cancelamento" de Lula?
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A tentativa de simular o cenário do golpe de 2016 — por meio da ameaça constante de impeachment — transporta, de forma mecânica, uma realidade passada para o presente. E isso nada tem a ver com ser Lula ou Dilma.
A consolidação do "ódio" a Dilma teve um componente fundamental: a queda da economia, que antecedeu as jornadas de junho, a operação Lava Jato e o desgaste provocado pelo “pouso suave” após o crescimento expressivo do segundo mandato de Lula. Na época, a adoção de políticas anticíclicas diante da crise de 2008 — com o consequente aumento dos gastos públicos, de forma correta — também gerou tensões.
As consequências macroeconômicas de 2009 se estenderam por vários anos, e Dilma "pagou o pato".
Hoje, mesmo diante de um Congresso ainda mais conservador, o cenário é outro: a economia dá sinais de recuperação e há uma disposição política distinta.
A resposta do governo, uma semana após o "massacre" parlamentar, mostra que houve reação e rearticulação — e isso não nasceu do pragmatismo derrotista.
Sigamos em frente, sem medo de ser feliz. Nem de Hugo Mamata.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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