Cuba agradece apoio do México contra o bloqueio dos EUA

247 - O governo cubano agradeceu publicamente nesta quinta-feira (3) o apoio firme e contínuo do México diante do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos à ilha há mais de seis décadas. As declarações de gratidão foram feitas pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, por meio da rede social X (antigo Twitter). As informações são da agência Prensa Latina.

“Muito obrigado, presidente @Claudiashein, pelo seu apoio e pela denúncia contínua do México sobre o bloqueio que dura há mais de seis décadas mantido pelo governo dos EUA contra o povo de #Cuba”, escreveu Rodríguez.

O chanceler cubano se referiu às declarações da presidenta do México, Claudia Sheinbaum, feitas durante sua coletiva de imprensa regular, quando a chefe de Estado reafirmou o posicionamento histórico do país contra as sanções econômicas impostas por Washington.

Sheinbaum destacou que a rejeição ao bloqueio não é uma posição ideológica, mas sim um princípio da política externa mexicana, independente da orientação dos governos que se sucedem no país. “O México sempre se opôs a esse bloqueio econômico dos EUA, independentemente da filiação política do atual governo”, afirmou a presidente.

O agradecimento de Havana ocorre em meio à intensificação das medidas restritivas contra Cuba por parte da administração de Donald Trump. Em 30 de junho, Trump assinou um novo Memorando Presidencial que reedita e altera um pacote de sanções adotadas durante seu primeiro mandato. As medidas afetam diretamente a população e a economia cubana, restringindo ainda mais as transações financeiras, o comércio e o fluxo de remessas à ilha.

O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos é o principal obstáculo ao desenvolvimento da ilha. Por 31 anos consecutivos, a Assembleia Geral das Nações Unidas tem aprovado, por ampla maioria, resoluções exigindo o fim do bloqueio.

O governo cubano insiste em que, apesar das dificuldades impostas pelas sanções, continuará defendendo sua soberania e o direito ao desenvolvimento. Em paralelo, autoridades da ilha têm reforçado laços com países da América Latina e outras regiões que mantêm uma postura de solidariedade diante da situação, como o México.

A presidente Claudia Sheinbaum, eleita em junho deste ano e primeira mulher a comandar o país, tem reiterado em diferentes ocasiões o compromisso do México com o respeito à autodeterminação dos povos e com o fortalecimento da integração latino-americana.