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Cuba denuncia medidas anunciadas por Trump como reforço cruel da guerra econômica dos EUA

Governo cubano afirma que medida agrava bloqueio, viola o direito internacional e visa destruir o socialismo na ilha

Sede do Ministério das Relações Exteriores de Cuba (Foto: Rádio Rebelde)
José Reinaldo avatar
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247 - O governo de Cuba rejeitou com veemência o novo Memorando Presidencial assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reforça e atualiza o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra a ilha. Em comunicado oficial divulgado nesta terça-feira (1º), o Ministério das Relações Exteriores cubano (Cubaminrex) classificou a medida como uma reedição agravada do Memorando Presidencial de Segurança Nacional nº 5, originalmente emitido em junho de 2017, no início do primeiro mandato de Trump. As informações são da Telesur e de fontes oficiais do governo cubano.

“Rejeitamos os documentos infames do governo dos EUA que intensificam ainda mais a asfixia e a guerra econômica contra Cuba e servem apenas aos interesses daqueles que lucram com a dor, o sofrimento e a privação do nosso povo”, declarou o presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez em mensagem publicada na rede social X.

Segundo o comunicado do Ministério cubano das Relações Exteriores, o novo memorando representa “uma prova clara do comportamento agressivo e dos objetivos hegemônicos daquele país”, além de incluir “um conjunto de medidas destinadas a fortalecer ainda mais o bloqueio econômico e causar maiores dificuldades ao povo cubano”.

A nota também denuncia o impacto global dessas medidas, mencionando as pressões exercidas sobre empresas e instituições financeiras ao redor do mundo para que evitem qualquer vínculo com Cuba. Essa campanha, aponta o governo cubano, já resultou em ações judiciais contra investidores e é agravada pela inclusão caluniosa da ilha na lista norte-americana de supostos Estados patrocinadores do terrorismo, o que tem efeitos devastadores para a economia cubana.

Cuba sustenta que a política hostil dos Estados Unidos “viola o direito internacional e inúmeras resoluções das Nações Unidas”. Desde 1992, a Assembleia Geral da ONU aprova, quase por unanimidade, moções exigindo o fim do embargo econômico, comercial e financeiro imposto à ilha, lembrou o ministério.

O governo cubano também contesta os argumentos utilizados por Washington para justificar o bloqueio, como as alegações de defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade religiosa. Segundo a chancelaria, esses discursos são “incompatíveis com a conduta historicamente abusiva e transgressiva do governo americano” e revelam o verdadeiro objetivo de “destruir o socialismo e converter a economia cubana ao capitalismo”.

Cuba destaca, por fim, que se mantém como um país pacífico, estável e solidário, com relações diplomáticas e comerciais amigáveis com praticamente o mundo inteiro, apesar das tentativas sistemáticas dos Estados Unidos de sufocar sua economia.

A nova ofensiva de Trump representa a continuidade de uma política cruel e desumana, que gera graves dificuldades para a economia cubana e afeta a população. 

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