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Maior apoio a médios produtores contribui para alimento mais barato, diz Fávaro

Ministro da Agricultura destaca fortalecimento do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural, parte do Plano Safra do agronegócio

Lançamento do Plano Safra - Brasília-DF - 01/07/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Redação Brasil 247 avatar
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247 - O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou nesta quinta-feira (3) que o Plano Safra 2025/2026 chega com um volume inédito de R$ 516,2 bilhões destinados à agricultura empresarial. A declaração foi feita durante participação no programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O valor representa um aumento de R$ 8 bilhões em relação à edição anterior e 42% a mais do que no último ano da gestão anterior.

Segundo o ministro, o objetivo do plano é fomentar a produção agropecuária como instrumento de controle inflacionário. Um dos destaques é a ampliação do limite de renda do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que passou de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões anuais. A mudança amplia o acesso de médios produtores a crédito com condições diferenciadas, o que, segundo Fávaro, pode resultar em alimentos mais baratos nas gôndolas.

“Quando a gente aumenta o potencial para o Pronamp, que são os médios produtores, aqueles que produzem o alimento que fica no Brasil, que gera oportunidade de chegar alimento mais barato na mesa da população, quem vai ser beneficiado mesmo é a população brasileira”, explicou o ministro.

Recordes de safra e exportações - Carlos Fávaro lembrou que a safra de 2025 já colheu frutos do plano anterior, com colheita recorde e queda no preço de alimentos como arroz, feijão, batata, tomate, cebola e carnes. O excedente, afirmou, possibilitou também um volume histórico de exportações.

“Estimular a economia, estimular a agropecuária, crescer, produzir alimentos, combater a inflação, excedentes para exportar. É esse o Plano Safra que nós fizemos com muito orgulho”, disse.

Do total anunciado, R$ 415 bilhões serão destinados a custeio e comercialização – R$ 13 bilhões a mais que no ciclo anterior. Outros R$ 102 bilhões se destinam a investimentos em infraestrutura produtiva, com crescimento de 51% sobre o período anterior. Além disso, R$ 114 bilhões virão com juros controlados e equalizados, alta de 23% em relação ao ano passado.

Sustentabilidade e incentivo às boas práticas - A nova edição do Plano Safra reforça a prioridade de financiar práticas sustentáveis, como os sistemas de baixa emissão de carbono. O Programa RenovAgro foi ampliado para contemplar ações de prevenção a incêndios, reflorestamento e recuperação de áreas protegidas.

O governo também estendeu até junho de 2026 o desconto de 0,5 ponto percentual na taxa de juros para custeio, válido tanto para produtores enquadrados no Pronamp quanto para os que adotarem atividades sustentáveis.

“A nossa proposta é que produtores que usam bioinsumos, que fazem plantio direto, que fazem conservação de solo eficiente com matéria orgânica, possam também, atestados num programa estabelecido pela Embrapa, receber esse desconto de 0,5%”, afirmou Fávaro.

Avanço em novos mercados - Fávaro atribuiu ao presidente Lula a orientação para que o Ministério da Agricultura atuasse na ampliação das relações comerciais, além das diplomáticas. Segundo o ministro, desde janeiro de 2023 o Brasil abriu 387 novos mercados para produtos agropecuários.

“O presidente Lula me pediu: ‘Aproveite essa oportunidade. Viaje pelo mundo. Onde eu restabeleço as boas relações de amizade, você faz boas relações comerciais’”, relatou o ministro.

Entre os produtos contemplados pelas aberturas estão frutas, gergelim, sorgo e carnes. Neste sábado (5), ocorrerá a primeira exportação de carne bovina brasileira para o Vietnã, resultado de uma missão oficial liderada pelo presidente Lula. Segundo Fávaro, Japão e Coreia do Sul também estão próximos de autorizar as importações, após inspeções técnicas.

Defesa sanitária como trunfo internacional - O ministro apontou o sistema sanitário nacional como diferencial competitivo, citando a resposta eficaz ao único foco de gripe aviária registrado em granja comercial no país, em maio, no município de Montenegro (RS). Após 28 dias de vazio sanitário, o Brasil retomou o status de país livre da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), e 16 países retiraram restrições à carne de aves brasileiras.

“O Brasil tem a oportunidade, diante de crises sanitárias, de mostrar a robustez do nosso sistema. Nos Estados Unidos, já foram abatidos 170 milhões de aves. No Brasil, 17 mil. Com isso, ganhamos mercado, qualidade e confiança internacional. Isso se reverte em emprego, renda e crescimento da nossa economia”, concluiu Fávaro.

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