CNA critica tarifa de 50% imposta pelos EUA: 'não há qualquer razão para essa medida'
Confederação vê prejuízo mútuo na decisão de Donald Trump e defende retomada do diálogo entre os dois países
247 - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nota nesta quinta-feira (10), na qual se posiciona contra a nova política tarifária anunciada pelo governo dos Estados Unidos. De acordo com a entidade, a decisão unilateral de impor tarifas adicionais de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros não encontra justificativa nas relações históricas entre os dois países, caracterizadas por “cooperação e equilíbrio”.
“Acompanhamos com atenção a decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais de 50% sobre todas as suas importações de produtos brasileiros”, diz o comunicado, reforçando que a medida “não se justifica pelo histórico das relações comerciais entre os dois países, que sempre se desenvolveram em clima de cooperação e de equilíbrio, em estrita conformidade com os melhores princípios do livre comércio internacional”.
A CNA também alerta que a imposição de barreiras dessa natureza trará impactos negativos tanto para a economia brasileira quanto para a norte-americana. “Medidas desta natureza prejudicam as economias dos dois países, causando danos a empresas e consumidores”, ressalta a nota. A entidade acrescenta que qualquer avaliação das trocas comerciais e dos investimentos bilaterais leva à conclusão de que há reciprocidade de interesses, sem “desequilíbrio injusto ou indesejável”.
No comunicado, a CNA também destaca os laços de quase dois séculos entre Brasil e Estados Unidos e afirma que não há motivo para que essa relação se deteriore. “Os produtores rurais brasileiros consideram que essas questões só podem ser resolvidas em benefício comum por meio do diálogo incessante e sem condições entre os governos e seus setores privados. A economia e o comércio não podem ser injustamente afetados por questões de natureza política”, pontua a confederação.
Por fim, a entidade apela à retomada do diálogo diplomático como solução para o impasse. “Esperamos que os canais diplomáticos sejam intensamente acionados para que a razão e o pragmatismo se imponham para benefício de todos, pois este é o único caminho que serve ao entendimento e à prosperidade”, conclui a nota.
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