247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (6), durante a Cúpula do BRICS, no Rio, que “justiça tributária e combate à evasão fiscal são fundamentais para consolidar estratégias de crescimento inclusivas e sustentáveis, próprias para o século XXI” em nível global. 
Durante a 2ª sessão: Fortalecimento do Multilateralismo, Assuntos Econômico-Financeiros e Inteligência Artificial, o presidente disse que o “modelo neoliberal aprofunda as desigualdades”. “Três mil bilionários ganharam 6,5 trilhões de dólares desde 2015”.
“O Brasil apoia um processo de realinhamento de quotas inclusivo, com fórmula de cálculo simples, equilibrada e transparente. Mesmo nos termos atuais, as distorções são inegáveis”, acrescentou Lula. 
Em seu discurso, Lula afirmou que o desenvolvimento da IA não pode ser <a href="https://www.20304050.best/midia/lula-inteligencia-artificial-nao-pode-ser-privilegio-de-poucos-paises-ou-um-instrumento-de-manipulacao-na-mao-de-bilionarios">"privilégio de poucos países ou um instrumento de manipulação na mão de bilionários”</a>. Em sua declaração final, o BRICS apresentou um conjunto de alternativas para a<a href="https://www.20304050.best/midia/brics-defende-protecao-de-dados-e-pagamento-de-direito-autoral-para-uso-em-ia#google_vignette"> proteção intelectual e políticas de inovação</a>.
O presidente também disse que o unilateralismo comercial impede uma competitividade mais justa, "cria barreiras ao comércio", enquanto o BRICS <a href="https://www.20304050.best/economia/lula-o-unilateralismo-cria-barreiras-ao-comercio-enquanto-o-brics-tem-sistemas-de-pagamentos-mais-rapidos-baratos-e-seguros">"trabalha por sistemas de pagamento transfronteiriços mais rápidos, baratos e seguros"</a>.
Os chefes de Estado dos países integrantes do grupo também avançaram no debate sobre a <a href="https://www.20304050.best/economia/desdolarizacao-brics-propoe-criacao-de-sistema-de-pagamentos-alternativo-ao-swift#google_vignette">desdolarização, por meio de um sistema alternativo ao Swift </a>– principal rede global de pagamentos interbancários.
O BRICS é formado por 11 países - Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Etiópia e Egito. O Brasil assumiu a presidência do BRICS em janeiro de 2025. A gestão é rotativa e tem duração de um ano.
Os 11 membros permanentes representam 39% da economia mundial, 48,5% da população do planeta e 23% do comércio global. Em 2024, os países do BRICS receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil. As importações brasileiras desses países representou 34% do total que foi comprado.

Leonardo Lucena

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No BRICS, Lula defende justiça tributária e critica o modelo neoliberal: "aprofunda as desigualdades"

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