(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira que começará a conversar com a China na segunda ou terça-feira sobre um possível acordo com o TikTok.
Ele disse que os Estados Unidos "praticamente" têm um acordo sobre a venda do aplicativo de vídeos curtos TikTok.
"Acho que vamos começar na segunda ou na terça-feira... conversando com a China, talvez com o presidente Xi ou um de seus representantes, mas acho que temos praticamente um acordo", disse Trump a repórteres no Air Force One.
No mês passado, Trump prorrogou até 17 de setembro o prazo para que a ByteDance, sediada na China, se desfizesse dos ativos do TikTok nos EUA.
Na primavera deste ano, estava em andamento um acordo para cindir as operações da TikTok nos EUA em uma nova empresa sediada nos EUA, de propriedade majoritária e operada por investidores norte-americanos, mas foi suspenso depois que a China indicou que não o aprovaria após o anúncio de Trump de tarifas elevadas sobre produtos chineses.
Trump disse que os Estados Unidos provavelmente terão que aprovar um acordo com a China.
Quando lhe perguntaram se estava confiante de que a China concordaria com um acordo, ele disse: "Não estou confiante, mas acho que sim. O presidente Xi e eu temos um ótimo relacionamento, e acho que é bom para eles. Acho que o acordo é bom para a China e é bom para nós".

Bianca Penteado

A bandeira dos EUA e o logotipo do TikTok são vistos nesta ilustração tirada em 8 de janeiro de 2025

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Mundo

Trump diz que EUA iniciarão negociações com China sobre acordo do TikTok nesta semana

247 - As negociações para a venda das operações norte-americanas do TikTok foram suspensas após o governo chinês indicar que não aprovaria o acordo, em resposta às recentes tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de acordo com duas fontes ouvidas pela agência Reuters.
O acordo, que estava em estágio avançado, previa a criação de uma nova empresa sediada nos EUA, responsável pelas operações do TikTok no país. Investidores norte-americanos deteriam a maioria das ações, enquanto a ByteDance, empresa chinesa proprietária do aplicativo, manteria uma participação minoritária inferior a 20%. A proposta já contava com a aprovação dos investidores atuais, de novos investidores, da ByteDance e do governo dos EUA. ​
<h3>Escalada na guerra comercial entre EUA e China</h3>
A suspensão das negociações ocorre em meio a uma intensificação das tensões comerciais entre Washington e Pequim. O presidente Donald Trump anunciou recentemente um aumento de 34% nas tarifas sobre produtos chineses, elevando a taxa total para 54%. Em resposta, a China apresentou uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que as novas tarifas violam as regulamentações internacionais. ​
<h3>TikTok como peça estratégica nas negociações</h3>
O TikTok, com aproximadamente 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, torna-se um ponto central nas negociações entre os dois países. Durante sua campanha de reeleição, Trump manifestou preocupações sobre a propriedade chinesa do aplicativo, citando questões de segurança nacional. 
No entanto, após conquistar popularidade entre os jovens eleitores por meio da plataforma, sua postura pareceu suavizar. Recentemente, Trump sugeriu que poderia oferecer alívio tarifário à China caso o governo chinês aprovasse a venda do TikTok para uma empresa norte-americana. ​
<h3>Futuro incerto para o TikTok nos EUA</h3>
Com o impasse atual, o futuro do TikTok nos Estados Unidos permanece incerto. O presidente Trump estendeu por 75 dias o prazo para que a ByteDance venda as operações norte-americanas do aplicativo a um comprador não chinês, ou enfrente uma proibição que deveria ter entrado em vigor em janeiro, conforme uma lei de 2024. Trump afirmou que "o acordo exige mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas" e expressou o desejo de continuar trabalhando de boa fé com a China. ​

Luis Mauro Filho

Edifício do TikTok em Culver City, na Califórnia
17/01/2025


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Negociações para venda do TikTok nos EUA podem ser interrompidas após tarifaço de Trump

WASHINGTON (Reuters) - O presidente eleito Donald Trump não descarta a possibilidade de a China continuar sendo proprietária do TikTok caso medidas sejam tomadas para garantir que os dados dos usuários norte-americanos sejam protegidos e armazenados nos EUA, disse o novo conselheiro de segurança nacional Mike Waltz à CNN neste domingo.
O TikTok parou de funcionar para seus 170 milhões de usuários norte-americanos neste domingo, depois que uma lei entrou em vigor proibindo a operação contínua do aplicativo devido às preocupações dos políticos dos EUA de que os dados dos norte-americanos pudessem ser usados indevidamente por autoridades chinesas.
Waltz disse à CNN que o presidente eleito está trabalhando para “salvar o TikTok” e não descarta a possibilidade de continuar com a propriedade chinesa, juntamente com “firewalls para garantir que os dados sejam protegidos aqui em solo americano”.
Trump disse que “muito provavelmente” daria ao TikTok um adiamento de 90 dias na proibição após assumir o cargo na segunda-feira, uma promessa que o aplicativo citou em aviso publicado para os usuários.
Waltz também falou com a CBS News neste domingo e disse que Trump precisava de tempo para resolver questões relacionadas ao TikTok, acrescentando que uma extensão do prazo era necessária para que o aplicativo avaliasse os compradores propostos.

Conselheiro de segurança de Trump não descarta que TikTok continue sendo de propriedade da China

247 – Horas após o aplicativo TikTok se tornar indisponível nos Estados Unidos, devido à entrada em vigor de uma lei federal que suspende as operações da plataforma, o presidente eleito Donald Trump publicou, neste domingo (19), na rede social Truth Social, a mensagem: "Salve o TikTok".
O aplicativo deixou de funcionar no país na noite de sábado (18). Usuários que tentaram acessar a plataforma se depararam com uma mensagem explicando a situação: “Desculpe, o TikTok não está disponível no momento. Uma lei proibindo o TikTok foi promulgada nos EUA. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok por enquanto.”
A lei que barrou a plataforma foi aprovada no ano passado e sancionada pelo presidente democrata Joe Biden. Parlamentares justificaram a medida, alegando que os vínculos do aplicativo com a China, assim como o acesso a grandes volumes de dados de usuários, representam uma potencial ameaça à segurança nacional.
Apesar da proibição, Trump adotou um tom conciliador em relação à plataforma. Na sexta-feira (17), ele já havia sinalizado que uma decisão definitiva sobre o futuro do TikTok estava em análise:
"Minha decisão sobre o TikTok será tomada em um futuro não muito distante, mas preciso ter tempo para analisar a situação", disse no Truth Social.

"Salve o TikTok", diz Trump após aplicativo ser bloqueado nos EUA

247 - Usuários dos EUA estão migrando em massa para a plataforma chinesa Xiaohongshu, conhecida como "Red Note", diante da possibilidade de o TikTok ser banido no país. A Suprema Corte dos EUA deve decidir até 19 de janeiro se o aplicativo será suspenso, após uma lei exigir que a ByteDance, empresa controladora do TikTok, venda a operação americana ou enfrente o bloqueio. A decisão foi mantida por um tribunal de apelação em dezembro de 2024.
Segundo reportagem do portal chinês <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202501/1326802.shtml">GlobalTimes</a>, usuários americanos autodenominados "refugiados do TikTok" começaram a criar contas na Xiaohongshu para manter contato com seus amigos e explorar novos conteúdos. Muitos compartilharam vídeos explicando o motivo da migração e passaram a interagir com os usuários chineses, buscando dicas sobre o uso da plataforma. "Estamos vindo para cá porque o TikTok pode ser banido, por preocupações do governo dos EUA com privacidade de dados", explicou a usuária americana "WakoGeek".
Para facilitar a adaptação, usuários chineses têm publicado tutoriais em inglês sobre como navegar no aplicativo, ativar legendas bilíngues e usar a função de tradução. Comentários de boas-vindas e links para grupos de bate-papo também são comuns.
A usuária Nina, do Texas, relatou ao Global Times que encontrou semelhanças entre o TikTok e o Xiaohongshu e destacou que é um dos poucos aplicativos chineses disponíveis na App Store americana. Já Marly, estudante da Universidade da Virgínia, afirmou que pretende aprender chinês para aproveitar melhor a plataforma.
Com o movimento migratório digital, o Xiaohongshu passou a liderar o ranking de aplicativos de redes sociais nos EUA. Muitos novos usuários pedem desculpas por não falarem mandarim e prometem estudar o idioma. Nina também mencionou interesse na função de compras do app e espera que ela seja expandida para usuários internacionais.
O Ministério das Relações Exteriores da China criticou a tentativa de banir o TikTok, afirmando que a medida contraria princípios de concorrência justa. Segundo o The New York Times, há chances de o presidente eleito Donald Trump tentar reverter a decisão, mas a lei entra em vigor um dia antes de sua posse.
Apesar da incerteza, Nina afirmou que pretende continuar no Xiaohongshu mesmo que o TikTok não seja banido. "Os chineses aqui são muito gentis e não quero me afastar dessa comunidade tão acolhedora", disse.

Guilherme Paladino

Usuária explica em vídeo na rede social Xiaohongshu o motivo de tantos estadunidenses migrarem para a plataforma

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