247 - O governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, criticou o presidente argentino, Javier Milei, acusando-o de "ficar do lado dos poderes estrangeiros" em vez de defender a soberania nacional. &nbsp;"Este governo 'nacional' não defende a Argentina: defende os interesses dos Estados Unidos e das finanças e empresas estrangeiras. A YPF não se vende." Uma decisão judicial norte-americana determinou a entrega do controle da YPF a fundos especulativos internacionais. A empresa é a maior produtora de petróleo e de combustíveis na Argentina. A juíza federal Loretta Preska, do Distrito Sul de Nova York, ordenou que o Estado argentino transferisse 51% das ações Classe D da YPF para fundos especulativos internacionais. Como reação imediata, a YPF subiu 3,5% nos preços dos combustíveis, justificando a medida como "uma atualização que considera o preço internacional do petróleo, taxa de câmbio, impostos e preços de biocombustíveis". De acordo com o ex-ministro da Economia, a medida é "um absurdo jurídico e uma intolerável intromissão em nossa soberania". "O mais perigoso é que o próprio presidente argentino escolha ficar do lado dos poderes estrangeiros e não do lado dos interesses nacionais que deveria representar e proteger", declarou Kicillof em comunicado divulgado em suas redes sociais. O governador fez uma relação entre as frequentes viagens de Milei aos Estados Unidos e a pressão judicial vinda daquele país. "Alguns ainda se perguntam por que Milei viaja tanto para o país de onde saiu esta decisão; está muito óbvio", ironizou.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250517120540_a967bfab439128d789b5fbc4c1d4d950b3b814a0664b10ca078b7c46596b16db.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250517120540_a967bfab439128d789b5fbc4c1d4d950b3b814a0664b10ca078b7c46596b16db" data-rendition-name="original" width="1962" height="1392" loading="lazy" alt="milei"><figcaption>Presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: Agustin Marcarian / Reuters </figcaption></figure>  <div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">LA ENTREGA AVANZA Una jueza de los Estados Unidos, sucesora del inolvidable Juez Griesa, acaba de decidir de nuevo en contra de la Argentina y a favor de los fondos buitre, exigiendo que el Estado argentino —¡soberano!— entregue el 51% de las acciones y el control de YPF. Se…&mdash; Axel Kicillof (@Kicillofok) <a href="https://twitter.com/Kicillofok/status/1939829142507180049?ref_src=twsrc%5Etfw">June 30, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div> Leia a íntegra da análise feita pelo governador: Um juiz dos Estados Unidos, sucessor do inesquecível Juiz Griesa, acaba de decidir novamente contra a Argentina e a favor dos fundos abutres, exigindo que o Estado argentino — soberano! — entregue 51% das ações e do controle da YPF. Isso é um absurdo jurídico e uma intrusão intolerável em nossa soberania. Mas o aspecto mais grave e surpreendente não é a decisão ou o comportamento desse juiz; o aspecto mais perigoso é que o próprio presidente argentino opta por se aliar a potências estrangeiras e não aos interesses nacionais que deveria representar e proteger.&nbsp; Não é preciso uma investigação muito aprofundada para ver a conexão entre a paixão do nosso presidente pelos Estados Unidos e essa notícia. Algumas pessoas ainda se perguntam por que Milei viaja com tanta frequência ao país de onde essa decisão foi emitida; é muito perceptível... Coincidentemente, ontem à noite, o Presidente passou várias horas à toa em um canal de streaming, vestido com um macacão da empresa que pretende entregar, cuja importância estratégica ignora completamente.&nbsp; A esta altura, não há dúvida de que este Governo "Nacional" não está defendendo a Argentina: está defendendo os interesses dos Estados Unidos, das finanças estrangeiras e das empresas estrangeiras. Nesse sentido, seu candidato à Província acaba de confessar abertamente: aspiram à privatização da YPF. Dada a gravidade desse risco, darei uma entrevista coletiva amanhã às 18h. Um fator crucial para o futuro do nosso país está, mais uma vez, em risco.&nbsp; Recuperar a YPF foi uma das decisões mais importantes da nossa história recente, tomada com bravura pelo governo @CFKArgentina e apoiada no Congresso por quase todas as forças políticas. Desde a sua recuperação, a empresa retomou a produção, o investimento, o crescimento e a geração de empregos. Vaca Muerta tornou-se uma força reconhecida graças à recuperação da YPF. Acima de tudo, a YPF voltou a servir ao desenvolvimento nacional. Agora, eles estão vindo para isso. Em resposta a este novo ataque dos abutres, que agora conta com a cumplicidade da "toupeira da Casa Rosada", nós da Província de Buenos Aires respondemos: a YPF não está à venda.

Leonardo Lucena

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América Latina

Ex-ministro de Cristina Kirchner, Axel Kicillof bate duro em Milei: 'este governo não defende a Argentina'

247 - O governador peronista da província de <a href="https://www.20304050.best/search?term=Buenos+Aires">Buenos Aires</a>, Axel Kicillof, oficializou nesta segunda-feira (8) a separação entre as eleições provinciais e as nacionais na Argentina, medida que contrariou frontalmente a ex-presidente Cristina Kirchner e aprofundou a divisão interna no grupo. A informação é do El País.
Por decreto, Kicillof marcou as eleições legislativas provinciais para 7 de setembro, enquanto as nacionais (para deputados e senadores) ocorrerão em 26 de outubro. Cristina, principal liderança do setor kirchnerista do peronismo, rejeita a separação, alegando que isso enfraquece a campanha nacional, considerada por ela essencial para preservar protagonismo político.
A decisão abalou uma relação política de longa data. Cristina considerava Kicillof um de seus herdeiros — ao lado do filho, Máximo <a href="https://www.20304050.best/search?term=Kirchner">Kirchner</a> — e chegou a promovê-lo como possível presidenciável. A ruptura lembra o que ocorreu com Alberto Fernández, escolhido por Cristina em 2019, mas que fracassou ao tentar governar sem apoio interno.
A reação mais contundente veio de Mayra Mendoza, prefeita de Quilmes: “Estivemos reunidos no domingo mais de oito horas e isso não era o que havíamos fechado. Do nosso lugar não há uma briga. Quem rompeu algo no processo de decisão conjunta foi Axel. Nós queríamos unidade e uma só eleição. Qual é o problema que ele tem com Cristina?”.
Em defesa do governador, o ministro de Desenvolvimento de Buenos Aires, Andrés Larroque respondeu: “Estamos observando decisões de Cristina que não coincidem com sua conduta histórica. Tudo tem retorno se se aceita que Axel não é um empregado e é o governador da província”.
Além de desafiar Cristina, Kicillof assume, mesmo sem declarar, um papel central no debate sobre a renovação do peronismo <a href="https://www.20304050.best/search?term=Javier+Milei">após a vitória </a>de Javier Milei. Seu maior risco agora é perder o apoio de setores ligados ao kirchnerismo no governo provincial, como já aconteceu com Alberto Fernández após a derrota de 2021. Por outro lado, ele conta com respaldo de intendentes que buscam mudanças na condução do movimento fundado por Juan Domingo Perón há 80 anos.

Luis Mauro Filho

Governador de Buenos Aires separa data de eleições na Argentina; ato é visto como rompimento com Cristina Kirchner

247 – O governador da Província de Buenos Aires, Axel Kicillof, reuniu-se nesta terça-feira (13) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto para discutir as oportunidades de cooperação e investimento entre a província e o governo brasileiro.
Durante o encontro, Kicillof, que é um dos principais opositores do presidente argentino Javier Milei e é ex-ministro de Cristina Kirchner, enfatizou que os laços "históricos" entre Brasil e Argentina não podem ser enfraquecidos "por ideologia", conforme relatou o <a href="https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2024/08/13/lula-buenos-aires-axel-kicillof.htm">UOL</a>.
"Temos reclamações fortes [contra o governo de Milei], com respeito a fundos por exemplo, que estavam previstos em lei. Fizemos isso publicamente na Argentina", disse Kicillof. “O trabalho permanente com Brasil é imperativo. É difícil tentar outro cenário. Teria de explicar por que Argentina não deveria aprofundar, até quanto possa, seu vínculo e trabalho com o governo brasileiro, [com] qualquer governo”.
Segundo o governador, a Província de Buenos Aires atualmente responde por metade da produção industrial e 40% da produção total da Argentina. Kicillof também mencionou que apresentou propostas de investimento durante a reunião com Lula, mas não confirmou se algum acordo foi firmado.
“Me foi dado o mandato para nos ocuparmos da produção, do emprego bonaerenses, e isso implica estreitar vínculos com os setores produtivos e com o governo do Brasil”, disse Kicillof.&nbsp;
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A relação entre o Brasil e a Argentina tem estado fria desde que Milei assumiu a presidência em dezembro.&nbsp;
Lula e Milei ainda não se encontraram. Quando o presidente da Argentina visitou o Brasil em julho deste ano, ele optou por participar do congresso conservador CPAC Brasil, em Balneário Camboriú, onde foi recebido pelo ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).

Após visitar Lula, governador da província da Argentina diz que laços com o Brasil não podem ser afetados "por ideologia"

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta terça-feira (13), o governador da província argentina de Buenos Aires, Axel Kicillof. Na reunião, no Palácio do Planalto, os dois conversaram sobre as possibilidades de cooperação e investimento entre a província (que corresponde aos estados no Brasil) e o governo e as empresas brasileiras.
“Nós trouxemos propostas de investimento. Vocês sabem que as empresas brasileiras que atuam no território argentino o fazem, proporcionalmente, em maior grau, na província de Buenos Aires. A província de Buenos Aires representa cerca de 40% da produção total da Argentina, mas também representa 50% do produto industrial da Argentina”, disse Kicillof após a reunião com Lula.
Participaram do encontro o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim. Mais cedo, Kicillof também se reuniu com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin.
O governador da província de Buenos Aires é um dos principais opositores políticos locais do presidente da Argentina, Javier Milei. Kicillof foi ministro da economia do governo da presidente Cristina Kirchner e se reelegeu para o cargo de governador no ano passado em primeiro turno.
“Durante meu mandato anterior visitei São Paulo, acompanhamos empresas argentinas, então falamos sobre essa experiência, vemos muitas oportunidades e cremos fortemente que a chave, então, para cada um dos nossos países, ou uma das chaves mais importantes, está na integração regional”, disse, reforçando o interesse de estreitar vínculos com os setores produtivos do Brasil.
“Viemos reforçar e assegurar essa porta para a articulação, para a colaboração, para a cooperação e para os resultados que vamos ver com o passar do tempo”, acrescentou Kicillof, que tem grande interesse em cooperação nas áreas de energia e petróleo e nas possibilidades de investimento na indústria de gás da província.
O governador disse, ainda, ser favorável à entrada e permanência da Argentina no Brics, grupo de nações emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que, em janeiro de 2024, <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-08/seis-novos-paises-integrarao-o-brics-partir-de-janeiro-de-2024" target="_blank">passou a contar com</a> Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos.
A Argentina também foi aceita para integrar o bloco, mas, antes mesmo do acordo entrar em vigor, Javier <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-12/milei-anuncia-que-argentina-nao-participara-do-brics" target="_blank">Milei anunciou a desistência</a> da adesão.
“Lula tem um papel regional e dentro dos Brics muito importante, um papel internacional muito importante, e me parece que, nesse sentido, nos ilumina e nos dá uma perspectiva com relação às possibilidades, que não são simplesmente alianças vinculadas a posicionamentos políticos e ideológicos, mas ao que mais convém para o país”, disse.
Kicillof falou também sobre a situação da Argentina sob o governo de Javier Milei e se queixou sobre interrupção de repasse de recursos para as províncias, previstos em lei, corte de investimentos em programas de governo, interrupção de obras públicas e redução de aposentadorias. 

<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">No Palácio do Planalto, recebi o governador da província de Buenos Aires, a maior da Argentina, <a href="https://twitter.com/Kicillofok?ref_src=twsrc%5Etfw">@Kicillofok</a>, ao lado do ministro <a href="https://twitter.com/Haddad_Fernando?ref_src=twsrc%5Etfw">@Haddad_Fernando</a>. Axel também se reuniu com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, <a href="https://twitter.com/geraldoalckmin?ref_src=twsrc%5Etfw">@geraldoalckmin</a>. A… <a href="https://t.co/u8uoaRFKR3">pic.twitter.com/u8uoaRFKR3</a>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1823392560808620157?ref_src=twsrc%5Etfw">August 13, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Governador da província de Buenos Aires, Argentina, Axel Kicillof e presidente Lula no Palácio do Planalto

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