247 - Os fertilizantes desempenham um papel essencial na produtividade agrícola, pois garantem que o solo receba o equilíbrio adequado de nutrientes para sustentar o desenvolvimento das culturas. No entanto, ainda há muitas informações equivocadas que geram dúvidas sobre seu uso. O fato é que sem os fertilizantes não haveria produção de alimentos suficiente para toda a humanidade. Luís Schiavo, CEO da Naval Fertilizantes, empresa especializada em produtos biológicos, nutrição e tecnologia de aplicação em lavouras, esclarece os principais mitos e verdades sobre esse adubo. São eles:&nbsp;
Fertilizantes e Agrotóxicos são a mesma coisa
Mito: Os fertilizantes, que podem ser orgânicos ou inorgânicos, são aplicados no solo para oferecer nutrientes às plantas, proporcionando o aumento da produtividade. “Já os agrotóxicos, conhecidos também como defensivos agrícolas, são produtos essencialmente químicos e visam a proteção de plantas contra o ataque e a infestação de doenças e pragas”, explica Schiavo.
Fertilizantes e adubos são sinônimos e servem para nutrir as plantas
Verdade: Ambos têm o objetivo de nutrir as plantas. Além disso, representam os compostos químicos que podem ser encontrados na forma orgânica ou inorgânica, dependendo da sua origem. “A única diferença é que os fertilizantes inorgânicos têm exatamente a composição desejada de nutrientes, enquanto os adubos não. Assim, para solos muito pobres em nutrientes, recomenda-se o uso do fertilizante inorgânico, que corrigirá exatamente as deficiências”, esclarece o executivo.
Fertilizantes orgânicos são sempre melhores que os inorgânicos
Mito: Não há o “melhor” fertilizante, e sim aquele que atende as necessidades da planta. Nas duas formas existem vantagens que, inclusive, podem ser utilizadas de forma integrada.”A fertilização orgânica é utilizada para aumentar a biodiversidade do solo e a retenção de água e de nutrientes. A inorgânica tem como vantagem as altas concentrações de nutrientes em suas formulações, facilitando o transporte e a aplicação no campo”, pontua Luís.
Fertilizantes em excesso fazem mal às lavouras
Verdade: Nutrientes em excesso fazem mal às lavouras e causam deficiência devido às interações antagônicas. “Neste caso, a absorção de determinada forma de um nutriente será responsável por dificultar a absorção de algum outro”, explica Schiavo.
Fertilizantes são prejudiciais ao meio ambiente
Mito: Fertilizantes somente serão os responsáveis diretos por problemas para o meio ambiente se forem utilizados de forma inadequada e sem o manejo correto. “Seguindo o conceito dos 4Cs (fonte certa, dose certa, hora certa e local certo), eles trarão o efeito desejado e não deixarão consequências negativas ao meio ambiente”, diz o especialista.
Fertilizantes são prejudiciais à saúde humana
Mito: Os fertilizantes contêm nutrientes de plantas que, em geral, são os mesmos dos animais, onde inclui-se os humanos. “Por exemplo: Para sintetizar proteínas, as plantas utilizam nitrogênio, que é a mesma classe de moléculas que constitui nossos músculos. O fósforo fornecido às plantas é o mesmo que compõe nossos ossos e dentes”, finaliza Schiavo.

Guilherme Levorato

Trabalhador agrícola carrega trator com fertilizante, perto de Brasília (DF)

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Brasil Sustentável

Fertilizantes: mitos e verdades para uma agricultura sustentável

247 - O governo federal lança nesta segunda-feira (30) um pacote de R$ 89 bilhões em investimentos voltados à agricultura familiar. O anúncio será feito em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT).
Entre os destaques do novo Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026 estão a ampliação do crédito rural via Pronaf, o lançamento do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara) e medidas para fortalecer a produção agroecológica, irrigação sustentável, conectividade no campo, acessibilidade rural e políticas específicas para mulheres agricultoras. “Além do valor recorde, conseguimos manter taxas de juros acessíveis, especialmente para a produção de alimentos essenciais, mesmo em um cenário econômico desafiador”, afirmou o ministro Paulo Teixeira.
Expansão do Pronaf e crédito com juros negativos - Do total anunciado, R$ 78,2 bilhões serão destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que completa 30 anos em 2025. Isso representa um aumento de 47,5% em relação ao governo Jair Bolsonaro (PL). A principal novidade é a manutenção da taxa de juros de 3% ao ano para alimentos da cesta básica – reduzida para 2% em casos de produção orgânica ou agroecológica.
O plano também contempla o novo Pronaf B Agroecologia, com microcrédito de até R$ 20 mil e juros simbólicos de 0,5% ao ano, com bônus de adimplência de até 40%. Além disso, o programa Mais Alimentos ampliou o limite de financiamento de R$ 50 mil para R$ 100 mil com juros de 2,5% para famílias com renda anual de até R$ 150 mil.
Inovações em sustentabilidade e inclusão - O lançamento do Pronara simboliza uma virada estrutural rumo à transição agroecológica no Brasil. O programa reúne esforços de seis ministérios e será coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência. Suas ações incluem pesquisa científica, monitoramento de resíduos de agrotóxicos, ampliação do uso de bioinsumos e fortalecimento da assistência técnica rural.
Outras iniciativas destacadas incluem:
<ul>
 <li>Pronaf Irrigação Sustentável, com foco em energia solar e práticas adaptadas ao clima, com crédito de até R$ 250 mil e prazo de até 10 anos.</li>
 <li>Pronaf Quintais Produtivos, voltado a mulheres rurais, com limite de R$ 20 mil e juros de 0,5% ao ano.</li>
 <li>Pronaf Acessibilidade Rural, para melhorar moradia e mobilidade de pessoas com deficiência no campo.</li>
 <li>Pronaf Conectividade, com crédito de até R$ 250 mil para infraestrutura digital rural.</li>
</ul>
Programas complementares e ações estruturantes - O governo também anuncia programas como o SocioBio Mais, que garante preços mínimos para produtos da sociobiodiversidade como babaçu, pirarucu e borracha, e o Programa Nacional de Irrigação Sustentável, com foco em energia limpa e agroecologia. Além disso, haverá o lançamento do inédito Programa de Transferência de Embriões, voltado à melhoria genética na cadeia leiteira.
Serão apresentados ainda os editais Coopera Mais (R$ 40 milhões para redes de cooperativas) e Central Abastece, voltado à ampliação da comercialização da agricultura familiar em centros de distribuição como a CEAGESP.
Resultados da safra anterior e impacto do plano - Na safra 2024/2025, houve crescimento de 26,6% no número de operações e de 20% no volume de crédito rural em comparação ao ciclo 2022/2023. Destaque para o aumento expressivo nos financiamentos para arroz (14,7%), feijão (8,6%), leite (44%), frutas (55%) e pescado (120%). O programa Mais Alimentos sozinho movimentou R$ 12 bilhões, com alta de 76% na comparação com o período anterior.
Desde o início do atual governo, já foram R$ 225 bilhões liberados para a agricultura familiar, com ênfase na democratização regional dos recursos e na valorização de mulheres, jovens, povos originários e comunidades tradicionais.&nbsp;

Presidente Lula no lançamento do Plano Safra 2024/2025

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Governo Lula anuncia R$ 89 bilhões para agricultura familiar e lança programa nacional contra agrotóxicos

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