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“Banco do BRICS dá ao mundo a certeza de que um outro sistema financeiro é possível”, diz Lula

Presidente exaltou papel de Dilma Rousseff no banco dos BRICS e defendeu modelo de financiamento voltado à recuperação, e não à austeridade

Brasília (DF), 08/07/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em cerimônia oficial no Palácio da Alvorada (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Redação Brasil 247 avatar
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247 - Em declaração à imprensa nesta terça-feira (8), durante visita de Estado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, a Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou o papel estratégico do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos BRICS. A fala ocorreu após a assinatura de acordos de cooperação entre os dois países e contou com a presença da atual presidente do NDB, Dilma Rousseff.

Segundo Lula, a criação da instituição financeira representa uma alternativa concreta ao modelo tradicional de financiamento internacional, frequentemente marcado por políticas de austeridade impostas a países em desenvolvimento. “Com alegria, posso dizer que, além do primeiro-ministro, estou com minha querida Dilma Rousseff, que não está aqui como ex-presidente, mas como presidente do Novo Banco dos BRICS”, disse ele.

O presidente brasileiro ressaltou a mudança de paradigma que o banco representa ao propor condições mais justas para os países que recorrem a empréstimos. “É um banco que surgiu para dar ao mundo a certeza de que é possível ter um sistema financeiro que tenha políticas de financiamento sem o objetivo principal a austeridade contra aqueles que pedem empréstimos, mas que tenha a bondade de entender que as pessoas não podem pegar um empréstimo para afundar os países, mas sim para salvá-los”, afirmou.

A declaração de Lula reflete a visão do governo brasileiro de que o NDB deve se consolidar como um pilar do desenvolvimento global com foco na justiça econômica, sobretudo no Sul Global. Ao posicionar Dilma Rousseff como protagonista nesse processo, o presidente também reafirma a aposta do Brasil em uma governança multilateral capaz de romper com imposições históricas de organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

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