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Guaíba ultrapassa cota de inundação em Porto Alegre

Nível do lago segue elevado no Cais Mauá e na Usina do Gasômetro; áreas da orla e bairros da Zona Sul já registram alagamentos

Inmet emite alerta vermelho para chuvas no Rio Grande do Sul (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)
Otávio Rosso avatar
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247 - O nível do Guaíba voltou a ultrapassar a cota de inundação em Porto Alegre na manhã desta quarta-feira (26), conforme informou a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. No Cais Mauá, o lago atingiu 3,01 metros às 8h, superando o limite de 3 metros estabelecido para a região. Embora ainda não haja registro de transbordamentos no local, o alerta permanece. As informações são do g1.

Na Usina do Gasômetro, outro ponto de monitoramento importante, o Guaíba alcançou 3,43 metros, segundo a medição mais recente. O volume está acima da cota de alerta e a apenas 17 centímetros da cota de inundação, que é de 3,60 metros. A tendência, segundo especialistas, é de que o nível continue elevado nos próximos dias, reflexo do grande volume de água que ainda escoa dos rios Jacuí e Taquari após as chuvas intensas que atingiram o estado.

“É um momento que a gente tem que ter atenção. A região das ilhas, por exemplo, já apresenta problemas, e na Zona Sul ocorre o mesmo. Quando se associa isso aos ventos, podem acontecer novos alagamentos”, explica o pesquisador Rodrigo Paiva, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS.

Na segunda-feira (23), a elevação do Guaíba já havia provocado extravasamento na orla da capital. As águas invadiram quadras esportivas e áreas destinadas à prática de atividades físicas. Também foram registrados alagamentos em vias dos bairros Ipanema e Guarujá, na Zona Sul de Porto Alegre. Na região das Ilhas, o nível da cheia já superou a cota de inundação: o último dado divulgado marcou 2,58 metros, sendo que o limite para o transbordamento é de 2,20 metros.

No bairro Praia de Belas, a elevação do Arroio Dilúvio provocou pontos de acúmulo de água, embora ainda sem impactos relevantes no trânsito. Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), o local não conta com sistema de bombeamento, e a drenagem ocorre por gravidade. “Em razão da cheia, há represamento nas tubulações”, afirmou o órgão em nota oficial.

Para resolver o problema, o Dmae informou que já contratou o projeto de redirecionamento da rede de drenagem para uma das casas de bombas mais próximas, e a proposta está atualmente em fase de elaboração.

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