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Tarcísio recua no discurso, baixa o tom e desconversa sobre as tarifas de Trump

Tarcísio de Freitas sentiu os efeitos negativos de suas últimas ações e baixou o tom

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/EBC)
Laís Gouveia avatar
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247 -  Após provocar graves incidentes políticos ao acionar o STF para solicitar que Jair Bolsonaro pudesse viajar aos EUA e também entrando em contato com autoridades dos EUA no Brasil para discutir a questão envolvendo as tarifas impostas por Trump, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas sentiu os efeitos negativos e baixou o tom.  Durante agenda neste sábado (12) no município de Cerquilho (SP), ele classificou as medidas dos EUA como “algo complicado” para o Brasil e evitou confrontar diretamente a pressão de aliados de Jair Bolsonaro (PL) por uma anistia ampla em troca do fim das tarifas. As declarações foram feitas em entrevista a jornalistas e publicadas pela Folha de S.Paulo. 

Segundo a reportagem, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideraram “esdrúxula” a revelação de que Tarcísio teria telefonado para integrantes da Corte pedindo autorização para que Bolsonaro deixasse o país e viajasse aos Estados Unidos com o objetivo de interceder junto a Trump. 

 A tentativa de se afastar das movimentações mais explícitas de aliados bolsonaristas não impediu o governador de contemporizar discursos que vinculam o tarifaço à situação jurídica de Bolsonaro. Questionado sobre o apelo por anistia geral, feito por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e endossado por figuras da oposição, Tarcísio desconversou: “Isso é questão de ponto de vista, nesse momento eu tenho que olhar o estado de São Paulo. Eu sou governador do estado, existem interesses que precisam ser preservados, interesses das nossas empresas, dos nossos produtores. E é isso que a gente tem que botar em primeiro lugar. Estou falando de empregos, estou falando de paz de família, então nesse momento é a defesa que eu tô fazendo”.

Na mesma entrevista, ele reconheceu a gravidade do impacto das tarifas sobre setores como o agronegócio e a indústria paulista — citando especificamente a Embraer — e afirmou que a resposta institucional à crise cabe ao governo federal. “Acho que o momento demanda união de esforços, demanda sinergia, porque é algo complicado para o Brasil, é algo complicado para alguns segmentos da nossa indústria, do nosso agronegócio”, declarou. 

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