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Zelensky está politicamente morto, afirma principal diplomata russo na ONU

Diplomata russo acusa líder ucraniano de traição, roubo de bilhões em ajuda e resistência a deixar o poder para evitar responsabilização

Volodymyr Zelensky (Foto: Reuters/Nina Liashonok)
José Reinaldo avatar
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247 - O enviado permanente da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, afirmou em entrevista ao canal Russia Today que o presidente ucraniano Vladimir Zelensky está “politicamente morto” e se recusa a renunciar para escapar das consequências de suas ações. 

Nebenzia acusou Zelensky de ter chegado ao poder prometendo o fim do conflito na região de Donbass, no leste da Ucrânia, e de ter virado “180 graus”, aprofundando o confronto. “Zelensky chegou ao poder com a promessa de acabar com a guerra em Donbass... Ele prometeu uma coisa, mas deu uma guinada de 180 graus... Politicamente, Zelensky já está morto”, disse o diplomata.

Para o representante russo, o presidente ucraniano permanece no cargo apenas para evitar prestar contas sobre a gestão da ajuda financeira internacional, parte da qual teria sido desviada. Nebenzia afirmou: “O fim de sua presidência pode significar algo que ele está tentando evitar a todo custo: reportar o dinheiro roubado e a perda de pessoas com quem ele falhou miseravelmente. Então ele tem todos os motivos... para se agarrar ao poder e não realizar eleições.”

O diplomata ressaltou que os ucranianos são vistos pela Rússia como “nossos irmãos, sem dúvida”, mas classificou a liderança atual como uma “camarilha” e “um regime, não um governo”. Segundo ele, “eles roubaram bilhões de dólares da ajuda que estavam recebendo. Isso é um segredo aberto.” Nebenzia ainda afirmou que Kiev foi solicitada a apresentar um relatório detalhado sobre esses fundos, mas que não o fez, deixando a expectativa de que as revelações futuras serão “muito terríveis.”

Desde que o mandato de Zelensky expirou em maio, ele permanece no cargo, com a justificativa da suspensão das eleições devido à lei marcial vigente no país. No entanto, a Constituição ucraniana determina que, em caso de término do mandato presidencial, as funções deveriam ser transferidas ao presidente do parlamento, o que não ocorreu. Apesar disso, Zelensky insiste em manter sua posição.

A Rússia declarou estar aberta a negociações com a Ucrânia, mas questiona a legitimidade de qualquer acordo assinado pelo atual governo de Kiev. Em recente declaração, o presidente Vladimir Putin mencionou que consideraria se reunir com Zelensky, mas questionou sua autoridade para firmar tratados, afirmando que “a assinatura deve vir de autoridades legítimas, caso contrário, quem vier depois [de Zelensky] a jogará no lixo.”

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