Xi defende disciplina rigorosa no PCCh diante de "desafios da modernização chinesa"

247 - Em reportagem publicada nesta terça-feira (1) pela agência estatal Xinhua, o presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCCh), Xi Jinping, destacou a necessidade de aprofundar o controle e a disciplina interna na organização. 

A declaração ocorreu em uma sessão de estudo do Comitê Central do Partido, realizada na véspera do 104º aniversário da fundação do PCCh, celebrado oficialmente neste 1º de julho.

Ao abordar os desafios da modernização chinesa e o cenário político considerado “extraordinariamente complexo”, Xi reforçou a importância de endurecer os mecanismos de autorreforma: “As tarefas de avançar na modernização chinesa confiadas ao nosso Partido são extremamente desafiadoras e o ambiente de governança é incomumente complexo. Devemos puxar ainda mais apertado o cordão da autorreforma”, afirmou.

A fala de Xi está inserida em um contexto de intensificação do controle interno do partido, que hoje conta com mais de 100 milhões de membros e cerca de 5,25 milhões de organizações de base, segundo dados atualizados até o fim de 2024.

Código de conduta como base da campanha de moralização

O foco da reunião foi a consolidação de um código de conduta partidário conhecido como “Regras de Oito Pontos”, introduzido por Xi em 2012, pouco depois de sua eleição como secretário-geral. O conjunto de normas estabelece parâmetros para os integrantes do Politburo e demais lideranças do partido em atividades como visitas oficiais, reuniões e produção de relatórios, vetando luxos como banquetes extravagantes, tapetes vermelhos e regalias consideradas excessivas.

Desde então, o código tornou-se instrumento central de "combate ao formalismo, burocratismo, hedonismo e ostentação" — práticas que, segundo a liderança, podem afastar o partido da população. As medidas remodelaram significativamente o estilo de trabalho dos dirigentes chineses nos últimos anos.

Para manter esse impulso, uma nova campanha nacional de educação política foi lançada neste ano. Xi Jinping advertiu para o risco de que "práticas indesejáveis retornem sob formas disfarçadas ou mutantes", sinalizando tolerância zero com desvios de conduta.

(Com informações da Xinhua)