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Trump defende rapidez de negociações e pressiona por acordo de cessar-fogo em Gaza até o fim da semana

Enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, participa de negociações no Catar; impasse sobre fim definitivo da guerra continua sendo principal obstáculo

Presidente dos EUA, Donald trump, durante reunião de cúpula do G7 no Canadá 16/06/2025 (Foto: REUTERS/Suzanne Plunkett/Pool)
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247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou um prazo para que seja firmado um acordo de cessar-fogo em Gaza, com a libertação de prisioneiros e uma retirada parcial das tropas israelenses: até o fim desta semana, informa o jornal The Times of Israel, citando fontes diplomáticas envolvidas nas negociações.

Em coletiva de imprensa na segunda-feira (7), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou que a “maior prioridade” de Trump é encerrar a guerra em Gaza e garantir o retorno dos prisioneiros israelenses, afirmando que uma proposta apropriada está sobre a mesa, destacando que Israel já deu seu aval ao plano, restando agora o aceite formal do Hamas.

Segundo fontes citadas pelo Times of Israel, a administração Trump comunicou o prazo final tanto ao governo israelense quanto aos representantes do Hamas. hance” de um acordo ser fechado “durante a semana”.

Trump recebeu na segunda-feira o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em Washington. Antes da reunião com o presidente norte-americano, Netanyahu teve encontros separados com o secretário de Estado, Marco Rubio, e com o próprio Witkoff na Blair House, onde está hospedado.

As negociações conduzidas em Doha desde o último domingo registraram avanços, especialmente na pauta da ajuda humanitária. De acordo com um diplomata árabe ouvido pelo Times of Israel, houve entendimento sobre a ampliação do auxílio por meio de mecanismos apoiados pela ONU. A organização americana envolvida na distribuição de alimentos, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), deverá ter suas atividades reduzidas ou encerradas devido a críticas sobre o acesso inseguro aos pontos de entrega, muitas vezes sob risco de fogo cruzado do exército de ocupação israelense. 

Outro ponto sensível debatido em Doha é a retirada parcial das forças israelenses. Mapas com possíveis movimentações foram apresentados por autoridades de Israel, que insistem em manter presença militar no chamado Corredor Morag, área estratégica entre Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.

O principal entrave para o avanço do acordo, no entanto, continua sendo a natureza do cessar-fogo: se será temporário, como exige Israel, ou permanente, como condiciona o Hamas. A proposta original prevê um cessar-fogo de 60 dias, prorrogável mediante negociações de boa-fé. O Hamas, porém, apresentou emenda ao texto, removendo a cláusula da "boa-fé" e propondo que as conversas prossigam até que se chegue a um acordo definitivo, o que Israel diz ser um artifício para arrastar indefinidamente o processo e impedir uma retomada militar futura.

O acordo em negociação prevê a libertação de cerca de metade dos 20 prisioneiros vivos: oito seriam soltos no primeiro dia do cessar-fogo, e outros dois no 50º dia. Paralelamente, o Hamas entregaria os corpos de reféns falecidos de forma escalonada — cinco no sétimo dia, mais cinco no 30º e outros oito no 60º dia.

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