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Secretário do Tesouro dos EUA indica lentidão nas exportações chinesas de terras raras: “Esperamos que elas fluam mais rápido”

Scott Bessent afirmou que exportações de ímãs de terras raras seguem abaixo do volume anterior ao bloqueio chinês

Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, fala com repórteres, em Washington 13/03/2025 (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein)
Luis Mauro Filho avatar
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247 - Em entrevista concedida à Fox News nesta terça-feira (1), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, declarou que Washington aguarda um aumento no fluxo de exportações chinesas de ímãs de terras raras, mesmo após o recente acordo firmado entre os dois países. A informação foi divulgada originalmente pela Bloomberg.

As exportações desses minerais críticos, usados em setores estratégicos como energia limpa, transporte e tecnologia, foram parcialmente retomadas, mas ainda não atingiram os níveis registrados até o início de abril. “Estamos esperando que elas fluam em um ritmo mais acelerado”, afirmou Bessent, ao ser questionado sobre o acesso dos EUA aos materiais. “Os ímãs de terras raras estão fluindo. Eles não estão fluindo como antes de 4 de abril, mas estamos confiantes de que os chineses vão cumprir sua parte do acordo.”

As disputas envolvendo essas matérias-primas têm ocupado papel central nas tensões comerciais entre Washington e Pequim, refletindo a dependência dos Estados Unidos em relação ao fornecimento chinês de componentes indispensáveis à sua indústria de alta tecnologia.

Compromissos pendentes e contrapartidas dos EUA

O secretário de Comércio, Howard Lutnick, havia informado anteriormente que o entendimento entre os dois países previa a liberação dos minerais por parte da China, enquanto os Estados Unidos se comprometeriam a suspender medidas tarifárias que haviam sido implementadas como forma de pressão. Essas contramedidas, no entanto, ainda não foram retiradas, uma vez que o volume atual das exportações continua abaixo do esperado. Bessent evitou confirmar se os fluxos atuais já seriam suficientes para a remoção das tarifas retaliatórias.

Corrida contra o relógio em negociações bilaterais

A entrevista de Bessent ocorreu em meio a uma intensa rodada de negociações comerciais com diversos parceiros internacionais, antes do prazo de 9 de julho, quando novas tarifas mais elevadas devem entrar em vigor contra várias economias. De acordo com Lutnick, o governo norte-americano planeja concluir acordos com cerca de dez de seus principais parceiros comerciais. Os países que não fecharem acordos a tempo devem receber notificações sobre os novos níveis tarifários.

Entre os acordos mais próximos de uma conclusão está o com a Índia. O principal negociador indiano estendeu sua estadia nos Estados Unidos na tentativa de resolver os últimos impasses. “Estamos muito próximos de um acordo”, disse Bessent.

O diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, já havia sinalizado na segunda-feira que os anúncios oficiais sobre os novos pactos comerciais devem ocorrer após o feriado de 4 de julho, que celebra a independência dos Estados Unidos. Bessent, por sua vez, indicou que a prioridade no momento é aprovar o pacote de corte de impostos e gastos proposto pelo presidente Donald Trump, atualmente em tramitação no Congresso. “Queremos assinar isso na sexta-feira e, depois, discutir os acordos comerciais na próxima semana”, declarou.

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