Secretário do Tesouro dos EUA indica lentidão nas exportações chinesas de terras raras: “Esperamos que elas fluam mais rápido”
Scott Bessent afirmou que exportações de ímãs de terras raras seguem abaixo do volume anterior ao bloqueio chinês
247 - Em entrevista concedida à Fox News nesta terça-feira (1), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, declarou que Washington aguarda um aumento no fluxo de exportações chinesas de ímãs de terras raras, mesmo após o recente acordo firmado entre os dois países. A informação foi divulgada originalmente pela Bloomberg.
As exportações desses minerais críticos, usados em setores estratégicos como energia limpa, transporte e tecnologia, foram parcialmente retomadas, mas ainda não atingiram os níveis registrados até o início de abril. “Estamos esperando que elas fluam em um ritmo mais acelerado”, afirmou Bessent, ao ser questionado sobre o acesso dos EUA aos materiais. “Os ímãs de terras raras estão fluindo. Eles não estão fluindo como antes de 4 de abril, mas estamos confiantes de que os chineses vão cumprir sua parte do acordo.”
As disputas envolvendo essas matérias-primas têm ocupado papel central nas tensões comerciais entre Washington e Pequim, refletindo a dependência dos Estados Unidos em relação ao fornecimento chinês de componentes indispensáveis à sua indústria de alta tecnologia.
Compromissos pendentes e contrapartidas dos EUA
O secretário de Comércio, Howard Lutnick, havia informado anteriormente que o entendimento entre os dois países previa a liberação dos minerais por parte da China, enquanto os Estados Unidos se comprometeriam a suspender medidas tarifárias que haviam sido implementadas como forma de pressão. Essas contramedidas, no entanto, ainda não foram retiradas, uma vez que o volume atual das exportações continua abaixo do esperado. Bessent evitou confirmar se os fluxos atuais já seriam suficientes para a remoção das tarifas retaliatórias.
Corrida contra o relógio em negociações bilaterais
A entrevista de Bessent ocorreu em meio a uma intensa rodada de negociações comerciais com diversos parceiros internacionais, antes do prazo de 9 de julho, quando novas tarifas mais elevadas devem entrar em vigor contra várias economias. De acordo com Lutnick, o governo norte-americano planeja concluir acordos com cerca de dez de seus principais parceiros comerciais. Os países que não fecharem acordos a tempo devem receber notificações sobre os novos níveis tarifários.
Entre os acordos mais próximos de uma conclusão está o com a Índia. O principal negociador indiano estendeu sua estadia nos Estados Unidos na tentativa de resolver os últimos impasses. “Estamos muito próximos de um acordo”, disse Bessent.
O diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, já havia sinalizado na segunda-feira que os anúncios oficiais sobre os novos pactos comerciais devem ocorrer após o feriado de 4 de julho, que celebra a independência dos Estados Unidos. Bessent, por sua vez, indicou que a prioridade no momento é aprovar o pacote de corte de impostos e gastos proposto pelo presidente Donald Trump, atualmente em tramitação no Congresso. “Queremos assinar isso na sexta-feira e, depois, discutir os acordos comerciais na próxima semana”, declarou.
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