Rússia enviará à OPAQ documentos sobre possível provocação de Kiev com armas químicas
Há "preocupações de que haja uma provocação química, é um assunto muito sério", disse o embaixador russo na OPAQ, Alexander Shulgin
(Sputnik) – A Rússia vai enviar à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) documentos sobre uma possível provocação a Kiev com o uso de armas químicas na Ucrânia, declarou o embaixador russo na organização, Alexander Shulgin.
Há "preocupações de que haja uma provocação química, é um assunto muito sério", disse à rede de televisão Rossiya 24, acrescentando que "hoje [quarta-feira, 10 de março] ou pelo menos amanhã, enviaremos os documentos ao Secretariado Técnico, pediremos para classificá-los como documentos nacionais da Rússia na 99ª sessão do Conselho [Executivo] que está ocorrendo em Haia, e divulgaremos essas informações entre todos os estados membros da OPAQ".
Shulgin observou que a delegação russa já informou os membros da OPAQ sobre uma potencial provocação dos ucranianos em um reator nuclear experimental na cidade de Carcóvia.
Ele acrescentou que a Rússia espera uma resposta adequada da OPAQ aos documentos que planeja apresentar.
Nesta quarta-feira, 9, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashénkov, alertou que os nacionalistas ucranianos podem preparar uma provocação com o uso de substâncias tóxicas para acusar a Rússia de usar armas químicas.
Segundo os dados do porta-voz, na noite de 8 para 9 de março, os nacionalistas trouxeram para a cidade de Zolochov, no oeste da Ucrânia, cerca de 80 toneladas de amônia e, segundo moradores que deixaram a cidade, ensinam à população o que fazer em caso de ataque químico.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em 24 de fevereiro o lançamento de uma "operação militar especial" na Ucrânia, alegando que as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, anteriormente reconhecidas por Moscou como estados soberanos, precisam de ajuda diante do "genocídio" de parte de Kiev.
Um dos objetivos fundamentais desta operação, segundo Putin, é “a desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques militares não são dirigidos contra instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra.
De 24 de fevereiro a 7 de março, as hostilidades na Ucrânia mataram 474 civis e feriram outros 861, segundo a ONU. Mais de dois milhões de ucranianos buscaram refúgio em países vizinhos.
Inúmeros países condenaram a operação militar que a Rússia lançou na Ucrânia e ativaram várias baterias de sanções individuais e setoriais que buscam infligir o maior dano possível à economia russa.
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