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Rússia e Ucrânia libertam os primeiros 390 prisioneiros no início da maior troca da guerra

O anúncio foi confirmado por autoridades de ambos os países e destacado publicamente pelo governo Trump

Presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia) mais tropas russas em solo ucraniano ao fundo (Foto: Reuters)
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247 - Em um dos maiores acordos de troca de prisioneiros desde o início da guerra, Rússia e Ucrânia liberaram nesta quinta-feira (23) um total de 390 prisioneiros de guerra, em uma negociação mediada por terceiros. O anúncio foi confirmado por autoridades de ambos os países e destacado publicamente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou ter auxiliado nas tratativas.

Segundo informações da Reuters, a Ucrânia conseguiu repatriar 210 soldados e civis, incluindo defensores de Mariupol e combatentes que estavam em cativeiro há meses. Do lado russo, 180 militares foram devolvidos. O governo dos Emirados Árabes Unidos atuou como mediador no processo.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu a equipe de negociação e reafirmou o compromisso de trazer todos os prisioneiros de volta. "Cada vida salva é uma vitória", declarou em suas redes sociais. Já o Ministério da Defesa da Rússia classificou o acordo como um "ato de boa vontade".

Donald Trump, que recentemente se envolveu em esforços diplomáticos relacionados ao conflito, afirmou em um post em sua plataforma Truth Social que a troca foi "um grande passo para a paz" e elogiou a participação dos Emirados Árabes Unidos.

Apesar do avanço nas negociações humanitárias, os combates na linha de frente seguem intensos, sem perspectivas imediatas de um cessar-fogo.

Contexto

A Rússia lançou a “Operação Militar Especial” na Ucrânia em fevereiro de 2022. As autoridades russas afirmam que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Moscou declara que é necessário remover forças militares e elementos neonazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos. 

As autoridades da Ucrânia negam associações ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascistas. Kiev argumenta que a invasão russa é uma guerra de agressão e de expansão imperialista. 

A Rússia anexou quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas em outubro de 2022. Em agosto de 2024, a Ucrânia invadiu o território russo e iniciou uma ocupação limitada. Diversos países, especialmente da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte), forneceram assistência militar e financeira para a Ucrânia e implementaram sanções contra a Rússia. Irã e Coreia do Norte auxiliaram em diferentes níveis as Forças Armadas do governo russo. 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, em conjunto com a China em maio de 2024, uma proposta para negociações com o objetivo de promover uma solução diplomática da crise ucraniana (com Reuters).

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