Palestina acusa Israel de campanha de terra arrasada e limpeza étnica em Gaza

247 - O presidente do Conselho Nacional Palestino, Rawhi Fattouh, acusou Israel de intensificar sua política de terra arrasada e limpeza étnica na Faixa de Gaza, em meio à escalada do conflito que já dura mais de oito meses. 

As declarações foram divulgadas neste sábado (28) pela agência Prensa Latina, em meio a novas denúncias de massacres de civis palestinos no território sitiado.

Em comunicado oficial, Fattouh condenou veementemente os ataques do exército israelense contra instalações da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA), que têm servido de abrigo para milhares de deslocados desde o início do genocídio em outubro de 2023.

Segundo o dirigente palestino, as forças de Israel bombardearam recentemente tendas de refugiados e uma escola que acolhia civis desalojados, provocando dezenas de mortes. “Tais ações expõem a violência genocida desta agressão e sua vingança contra os palestinos”, afirmou Fattouh.

O líder ressaltou ainda que 70% das vítimas fatais nos ataques em Gaza são mulheres e crianças, o que, segundo ele, revela o caráter brutal e desproporcional da operação israelense. “Suas mortes revelam a magnitude da tragédia, expõem o silêncio internacional e constituem cumplicidade direta no crime”, denunciou.

O presidente do Conselho Nacional Palestino apelou às Nações Unidas para que adotem medidas urgentes. Ele defendeu a criação de um comitê internacional de investigação, com o objetivo de apurar os crimes cometidos na Faixa de Gaza e responsabilizar as autoridades israelenses.