“Israel precisou recorrer ao ‘papai’ para não ser esmagado”, diz chanceler iraniano
Seyed Abbas Araghchi disse que Israel “não teve escolha” e precisou chamar os Estados Unidos para o conflito
247 - O chanceler iraniano, Seyed Abbas Araghchi, afirmou nesta sexta-feira que Israel precisou recorrer necessariamente aos Estados Unidos para evitar ser "esmagado" pela resposta do Irã à agressão não provocada iniciada por Tel Aviv contra Teerã, em 13 de junho. Ele também advertiu que seu país não está disposto a tolerar "ameaças nem insultos". As informações são do RT.
"O grande e poderoso povo iraniano, que mostrou ao mundo que o regime israelense não teve outra escolha senão recorrer ao 'papai' — os EUA — para evitar ser esmagado por nossos mísseis, não tolera ameaças nem insultos", escreveu o diplomata na rede X (antigo Twitter).
Araghchi acrescentou ainda que "se as ilusões levarem a erros ainda maiores, o Irã não hesitará em revelar suas verdadeiras capacidades, o que sem dúvida encerrará qualquer delírio sobre o poder do Irã"."Boa vontade gera boa vontade, e respeito gera respeito", concluiu.
O chanceler iraniano também criticou declarações recentes do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, exigindo respeito à figura religiosa e a "seus milhões de seguidores".
"Se o presidente Trump realmente quer um acordo, deveria abandonar o tom desrespeitoso e inaceitável em relação ao líder supremo do Irã, o grande aiatolá Khamenei, e parar de ferir seus milhões de seguidores mais sinceros", afirmou Araghchi.
O alto funcionário aproveitou para ressaltar que "a complexidade e a tenacidade dos iranianos são bem conhecidas em nossos magníficos tapetes, tecidos após incontáveis horas de trabalho árduo e paciência". Segundo ele, o país se guia por uma premissa básica, "muito simples e direta". "Conhecemos nosso valor, valorizamos nossa independência e nunca permitimos que ninguém mais decida nosso destino", frisou.
As declarações ocorrem após Trump afirmar que Khamenei "levou uma surra" durante o confronto com Israel, embora também tenha admitido que o país israelense "foi atingido". Em outro comentário, Trump disse ter livrado o líder iraniano de uma "morte humilhante". "Sabia exatamente onde ele estava escondido, e não permiti que Israel nem as Forças Armadas dos EUA — de longe as maiores e mais poderosas do mundo — tirassem sua vida", escreveu Trump em sua rede Truth Social.
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