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Silveira celebra leilão bilionário de petróleo e diz que pré-sal ajuda a "cumprir compromissos fiscais"

Certame arrecadou R$ 28 bilhões e atraiu gigantes globais do setor. PPSA aponta recorde na comercialização do petróleo da União

Alexandre Silveira no leilão de petróleo e gás (Foto: Divulgação / MME)
Guilherme Levorato avatar
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247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), comemorou nesta quinta-feira (26) os resultados expressivos do 5º Leilão de Petróleo da União, promovido pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), estatal ligada ao Ministério de Minas e Energia. O certame alcançou a maior arrecadação da história da PPSA: R$ 28 bilhões.

O leilão foi realizado na sede da B3, em São Paulo, e atraiu grandes empresas do setor energético internacional, com disputa acirrada entre petroleiras. “A previsão na Lei Orçamentária era de R$ 23 bilhões em arrecadação com esse leilão de petróleo da União. Encerramos com mais de R$ 28 bilhões contratados. Esses R$ 5 bilhões adicionais chegam em um momento importante e vão ajudar o governo a cumprir seus compromissos fiscais, reforçando a função estratégica do pré-sal como fonte de desenvolvimento e equilíbrio das contas públicas”, declarou Silveira.

Comercialização recorde de barris do pré-sal - Foram disponibilizados para negociação 74,5 milhões de barris de petróleo pertencentes à União, oriundos dos campos do pré-sal de Mero, Búzios, Itapu e Sépia. Esses barris foram distribuídos em sete lotes. O leilão teve preços iniciais com desconto sobre o valor do Brent datado: US$ 3,03 por barril para os lotes de Mero; US$ 3,23 para o de Búzios; US$ 2,73 para Itapu; e US$ 4,13 para o lote de Sépia. As entregas estão previstas entre julho de 2025 e fevereiro de 2027.

Entre os concorrentes estavam companhias como Petrobras, TotalEnergies, Equinor, ExxonMobil, CNOOC, Galp, PetroChina e a Refinaria de Mataripe. Destaque para a participação inédita da norueguesa Equinor e da norte-americana ExxonMobil, que estrearam no certame, reforçando o grau de atratividade do modelo de comercialização adotado pela PPSA.

Disputa intensa em todos os lotes - A Petrobras levou o primeiro lote do campo de Mero, que corresponde à produção de 14 milhões de barris do FPSO Guanabara, por um valor de Brent menos US$ 1,22 por barril, após competição direta com a portuguesa Galp, que atuou em consórcio com a ExxonMobil. Esse mesmo consórcio venceu o segundo lote de Mero, também com 14 milhões de barris, por US$ 1,35 de desconto por barril.

O terceiro lote de Mero, referente ao FPSO Duque de Caxias, foi arrematado pela Equinor por Brent menos US$ 1,11, após superar propostas da Petrobras e do consórcio PetroChina/Refinaria de Mataripe. Já o quarto e último lote desse campo, que incluiu a produção do FPSO Alexandre de Gusmão (15 milhões de barris) e do FPSO Pioneiro de Libra (2,5 milhões de barris), ficou com a Petrobras, por um valor de Brent menos US$ 1,54 por barril.

O quinto lote, do campo de Búzios (3,5 milhões de barris), foi arrematado pelo consórcio PetroChina/Refinaria de Mataripe com desconto de US$ 1,14 por barril. No lote seguinte, referente a 6,5 milhões de barris de Itapu, o mesmo consórcio ofereceu o menor desconto entre todos os lotes: US$ 0,65 por barril.

Encerrando o certame, a Petrobras conquistou o sétimo lote, do campo de Sépia, com 5 milhões de barris, oferecendo Brent menos US$ 1,69 por barril.

Estratégia de governo e ambiente competitivo - Durante o evento, o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, que representou o ministro Silveira na cerimônia, destacou a importância do leilão para a política energética brasileira. Ele afirmou que a operação reafirma o compromisso do governo com a gestão eficiente dos recursos públicos e com a promoção de um ambiente de negócios estável, transparente e competitivo para investidores nacionais e estrangeiros.

A PPSA, responsável por gerir os contratos da União no pré-sal, confirmou que esta foi a maior operação já realizada pela empresa, tanto em arrecadação quanto em volume ofertado. A estatal reforça que o resultado histórico consolida o modelo adotado e projeta o Brasil como um dos protagonistas no mercado global de energia nos próximos anos.

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