"Petrobras está empenhada em ajudar a empurrar o PIB do Brasil", afirma Magda Chambriard
Presidente da estatal destaca sinergia com Braskem e aposta em megaprojetos no Rio como motores da indústria e da geração de empregos
247 - Em cerimônia realizada nesta sexta-feira (4), na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reafirmou o protagonismo da empresa no processo de reindustrialização do país e o seu compromisso com o crescimento da economia nacional. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ela anunciou investimentos que superam R$ 33 bilhões no estado e ressaltou: "Estamos empenhados em cumprir sua determinação, presidente Lula, que é ajudar a empurrar o PIB desse país".
O evento, que marcou o lançamento de grandes projetos em refino e petroquímica, reuniu autoridades como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e celebrou a retomada de obras estruturantes com potencial para criar mais de 100 mil empregos diretos e indiretos.
Sinergia estratégica e integração industrial - Magda enfatizou que o novo ciclo de investimentos da Petrobras está centrado em uma lógica de integração entre operações de refino e petroquímica. "Vocês estão vendo pela primeira vez a Petrobras extremamente integrada com a Braskem. Acreditamos nessa integração, nessa sinergia, e é isso que vai ser feito aqui nesse megaprojeto: a sinergia da Reduc com o Complexo de Energia Boaventura e a Braskem no Rio de Janeiro", afirmou.
O Complexo Boaventura, localizado em Itaboraí, é um dos pilares dessa estratégia. Ele receberá R$ 26 bilhões e deve gerar cerca de 30 mil postos de trabalho. A estrutura ampliará a produção de combustíveis como diesel S-10 (76 mil bpd), querosene de aviação (20 mil bpd), lubrificantes grupo II (12 mil bpd) e produtos renováveis, como o HVO e o SAF (19 mil bpd), colocando o Brasil na vanguarda da transição energética.
Resultados expressivos e metas ambiciosas - Durante seu discurso, a presidente da Petrobras fez um balanço do primeiro ano de sua gestão. Ela destacou que, no período, a estatal produziu 900 milhões de barris de petróleo e conseguiu repor essas reservas — e até superá-las.
"Nos próximos anos vamos produzir mais ainda. E este é o desafio que vamos ter que enfrentar: repor reservas de uma produção crescente ao longo dos últimos anos", afirmou.
Magda destacou que o Brasil hoje está entre os dez maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo e atende ao sexto maior mercado de derivados. O desempenho do pré-sal, segundo ela, é resultado direto da legislação aprovada em 2010. Só em junho, os contratos de partilha de produção geraram R$ 28 bilhões para o país. No acumulado de 12 meses, a contribuição da Petrobras em tributos ultrapassou R$ 270 bilhões.
Indústria naval renasce com novas encomendas - A presidente comemorou a retomada de investimentos na indústria naval, com a contratação de 26 das 44 embarcações prometidas no último ano e outras 18 em licitação. "Está aí de novo a nossa indústria naval. A fabricação dessas embarcações vai acontecer em parte no Rio de Janeiro e vai garantir emprego e renda em um segmento que não contava com essas encomendas da Petrobras desde 2016", ressaltou.
Também foi celebrado o "sailaway" da quinta plataforma entregue sob sua gestão, com capacidade de 180 mil barris por dia. A embarcação já iniciou viagem de Singapura para o campo de Búzios, que será o maior do Brasil.
Mais refino, menos importação - Com quase 80% da demanda nacional de combustíveis atendida pela Petrobras, Chambriard reforçou a importância de expandir a capacidade de refino dentro do país. Ela citou a recente ampliação da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e destacou que, na Reduc, o aumento será ainda maior: 110 mil bpd a mais.
"Não gostamos de importar derivados. Gostamos que os derivados que consumimos sejam produzidos aqui, gerando emprego e renda e mostrando a capacidade do sistema Petrobras", pontuou.
Compromisso com o Novo PAC e com o futuro - Os investimentos da Petrobras fazem parte do Novo PAC, programa do governo federal voltado à infraestrutura e ao desenvolvimento. A estatal já projeta aportes de R$ 366 bilhões no quinquênio, dos quais R$ 298 bilhões estão concentrados no Rio de Janeiro — cerca de 65% do total investido no estado.
"Falando de PIB, de desenvolvimento, é importante lembrar que grande parte dos investimentos que estamos fazendo estão dentro do programa Novo PAC, inclusive esse aqui no Rio de Janeiro. A Petrobras é uma das maiores investidoras do Novo PAC", declarou a presidente.
A companhia também aposta na produção de combustíveis mais limpos. A Reduc recebeu autorização para produzir SAF com até 1,2% de óleo de milho e, em breve, iniciará testes com o Diesel R7, que contém 7% de conteúdo renovável.
Formação de mão de obra e eficiência operacional - Além dos investimentos industriais, a Petrobras mantém programas sociais e educacionais. O Programa Autonomia e Renda oferece 3 mil vagas em cursos técnicos no estado, sendo 980 em Duque de Caxias.
Na área de energia, o Complexo Boaventura contará com uma nova central termelétrica com duas usinas de 400 MW, enquanto a Reduc ganhará uma unidade moderna para substituir equipamentos antigos, com R$ 860 milhões em investimentos.
Paradas programadas de manutenção até 2029 também estão previstas na Reduc, com recursos de R$ 2,4 bilhões, devendo gerar cerca de 18 mil empregos temporários, só em 2026.
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