Ed Motta volta a falar mal de brasileiros: "caipiras"

247 - O cantor e compositor Ed Motta, sobrinho de Tim Maia, voltou a se envolver em polêmica ao afirmar que enfrenta uma “censura velada” no Brasil. Em entrevista à rádio CBN neste sábado (28), o artista disse que, mesmo após quase dez anos, ainda colhe as consequências de declarações feitas em 2015, quando criticou o público brasileiro durante uma turnê na Europa. As informações são do portal Metrópoles.

Na ocasião, Ed Motta reclamou de fãs brasileiros que, contrariando o aviso do cantor, pediram músicas em português em shows no exterior, cuja proposta era exclusivamente em inglês. Na época, ele classificou o Brasil como uma “terra ignorante” e o público que fez os pedidos como “gente simplória”.

Segundo Ed, a repercussão negativa ainda afeta diretamente sua carreira no país. “Eu tô sem fazer um show desde novembro do ano passado, isso não é normal”, disse ele. “Isso é uma retaliação em cima da opinião, é uma forma de censura velada.”

O cantor, que celebra os 30 anos do álbum Manual Prático para Festas, Bailes e Afins, se apresentou em São Paulo no último fim de semana, após um hiato de apresentações em território nacional. Apesar de admitir que aprendeu com o episódio, Ed Motta reforçou que não mudou de opinião.

“É uma forma de censurar. E eu tenho aprendizado com isso. Aprendizado de não repetir essas coisas e me arrependo delas, porque eu não quero colocar a mão no fogo. Eu pago um preço por isso, no Brasil principalmente né. Fora do Brasil ninguém nem sabe disso”, afirmou.

Ainda durante a entrevista, o cantor voltou a criticar o que considera uma mentalidade provinciana no Brasil, comparando com sua experiência no exterior. “As minhas entrevistas que eu faço fora [do país] os caras são super radicais: ‘E aí Ed Motta, o novo jazz, o que você acha?’ Desço a marreta e não tem isso de ‘Vamos acabar com a vida desse gordo porque ele acabou de falar mal do jazz’. Não, não tem essa coisa terceiromundista, não tem. Então, isso é daqui. Eu nunca vi. Esse linchamento por uma relez opinião é muito caipira, é muito jeca”, disparou.