Itaipu defende soluções locais para crise climática em preparativos rumo à COP30

247 - Em meio às discussões preparatórias para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, em Belém (PA), a Itaipu Binacional destacou sua estratégia territorial baseada em soluções locais como resposta eficaz à crise climática global. A apresentação foi feita durante a 62ª sessão da Conferência dos Órgãos Subsidiários da ONU (SB62), em Bonn, na Alemanha. A cobertura é da assessoria de imprensa da Itaipu.

Ao longo do evento, que termina nesta quinta-feira (26), a empresa participou de painéis e reuniões técnicas sobre inovação, financiamento climático e agricultura regenerativa, áreas nas quais apresentou iniciativas com resultados comprovados. “A Itaipu é pioneira na transição energética e uma referência nas ações que desenvolve no território, que têm como característica valorizar o conhecimento local, envolvendo as pessoas nos processos de diagnóstico, planejamento e implementação das ações”, afirmou Carlos Carboni, diretor de Coordenação da Itaipu.

A SB62 é um encontro anual voltado à preparação técnica e política para as negociações climáticas da ONU. Nesta edição, os debates foram marcados por um forte senso de urgência diante de um cenário global instável, marcado pelo enfraquecimento do multilateralismo, polarização política e conflitos armados. Em resposta a esse contexto, a presidência da COP30 definiu como prioridade acelerar a implementação de ações já consensuadas em seis eixos estratégicos: Energia, Indústria e Transportes; Florestas, Oceanos e Biodiversidade; Agricultura e Sistemas Alimentares; Resiliência Urbana, Infraestrutura e Água; Desenvolvimento Humano e Social; e Finanças, Tecnologia e Capacitação.

“Com essa participação, a Itaipu demonstra seu compromisso de apoiar o Governo Federal não apenas na logística da COP30, mas também nos temas em discussão e na Agenda de Ação”, acrescentou Carboni. Segundo ele, a atuação territorial da empresa já incorpora muitas das medidas necessárias para dar mais resiliência às comunidades e ao meio ambiente, como a conservação hídrica – essencial tanto para a produção energética quanto para a adaptação climática.

Entre os projetos destacados em Bonn está o Itaipu Mais que Energia, que reúne uma série de ações voltadas ao desenvolvimento sustentável na região de influência da usina. Entre eles, o programa Desenvolvimento Rural Sustentável, que presta assistência técnica a mais de 7 mil famílias de produtores rurais; a ampliação do uso de fontes renováveis como solar fotovoltaica e biogás; e o fortalecimento da coleta seletiva de recicláveis por meio do Coleta Mais, presente em 255 municípios do Paraná e do Mato Grosso do Sul e que envolve diretamente cerca de 4 mil catadores.

Outro ponto de destaque foi o investimento da empresa na conservação de recursos naturais, como a proteção de mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica e ações contínuas de manejo de solo e água em áreas agrícolas.

De acordo com Lígia Leite Soares, chefe do Escritório de Brasília da Itaipu e responsável pelos temas internacionais, a atuação da empresa também se alinha ao crescente interesse global por uma agricultura mais sustentável. “As ações da Itaipu para a adoção de técnicas sustentáveis na agricultura ganharam destaque, uma vez que a agricultura regenerativa é um tema em ascensão nas negociações climáticas. O uso do solo é um ponto em que o Brasil tem grande potencial para avançar no enfrentamento das mudanças do clima. E o cultivo sustentável dos alimentos, algo que a Itaipu já promove há muitos anos, é um dos principais caminhos para conciliar a atividade humana com a preservação dos ecossistemas”, afirmou.