Pesquisa da CGTN | Com um mês de Donald Trump na presidência, é difícil dizer que se está “muito satisfeito”

CGTN – Focada no primeiro mês da nova administração dos Estados Unidos, a mídia chinesa CGTN, em colaboração com a Universidade Renmin da China e o Instituto de Comunicação Internacional na Nova Era, conduziu uma pesquisa com 7.586 entrevistados de 38 países em todo o mundo.

Os resultados mostram que as ações da nova administração de Washington, como quebrar acordos, retirar-se de organizações internacionais e desencadear disputas comerciais, causaram preocupação e críticas generalizadas entre os entrevistados globais. Os entrevistados dos países do G7 e dentro dos EUA expressaram opiniões negativas sobre o impacto da tendência política da nova administração.

Conforme a sondagem, 63,7% dos entrevistados acreditam que a prática da nova administração estadunidense de reiniciar “retiradas de grupos internacionais” leva a um impacto negativo na governança global. Essa porcentagem sobe para 66,7% entre os entrevistados de países aliados tradicionais dos EUA.

Dos interrogados, 58,4% acham que o protecionismo comercial de Donald Trump prejudicará o desenvolvimento econômico de seus próprios países. Quando perguntados sobre quais medidas comerciais impactariam negativamente, os participantes da sondagem classificaram "restringir investimentos em empresas de tecnologia estrangeiras", "aumentar tarifas sobre produtos estrangeiros" e "reduzir a dependência de importações e cadeias de suprimentos estrangeiras" como as três principais, com porcentagens de 58,3%, 57,9% e 54,2%, respectivamente.

Falando das políticas externas da nova administração na Caca Branca, os inquiridos dos países do G7 estão mais preocupados com as políticas tarifárias. 71,4% dos entrevistados afirmaram inquietude com as possíveis restrições tarifárias, sendo que as maiores preocupações vêm das pessoas no Canadá, Japão e Alemanha.

O levantamento revela ainda que a política externa do novo governo não conquistou a confiança total dos inquiridos dos próprios EUA. Eles manifestaram falta de confiança no seu impacto nas relações dos EUA com a Rússia, China, Europa, Japão, Coreia do Sul e Oriente Médio.

O inquérito incluiu participantes de países desenvolvidos, como os EUA, Reino Unido, Itália, Austrália, Alemanha, França, Japão e Coreia do Sul, bem como de países em desenvolvimento, como o Brasil, África do Sul, Egito, Malásia, Chile, Nigéria, Emirados Árabes Unidos e Vietnã.

Fonte: CMG