Petrobras cria Corregedoria-Geral para fortalecer combate à corrupção e assédios

247 - A Petrobras anunciou a criação de sua Corregedoria-Geral, com início de funcionamento previsto para esta terça-feira, 1º de julho. A decisão foi aprovada pelo Conselho de Administração da estatal na última sexta-feira, 27, como parte da estratégia de fortalecimento do Sistema de Integridade da companhia.

A nova corregedoria estará vinculada à diretoria de Governança e Conformidade e centralizará os processos investigativos e disciplinares relacionados a fraudes, corrupção e violências no ambiente de trabalho, incluindo assédios morais e sexuais. Segundo o diretor da área, Ricardo Wagner, a medida representa um avanço na atuação preventiva e corretiva da empresa.

“A gestão centralizada na Corregedoria-Geral trará maior assertividade nas análises e menores prazos de resposta nos processos investigativos e disciplinares (...). Este movimento reforça a posição da Petrobras como referência no Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, o SISCOR, coordenado pela CGU”, destacou.

A estrutura unificará as antigas gerências executivas de Integridade Corporativa e Responsabilização Disciplinar, além de incorporar atividades anteriormente sob responsabilidade da Ouvidoria, Recursos Humanos e Inteligência e Segurança Corporativa. A atuação será estendida a todo o Sistema Petrobras, com o objetivo de garantir mais eficiência, padronização e isonomia nos procedimentos correicionais.

Com a nova configuração, o atual gerente executivo de Responsabilização Disciplinar, Edson Leonardo Dalescio Sá Teles, assumirá como Corregedor-Geral.

A criação da corregedoria ocorre em um momento simbólico: em dezembro de 2024, a diretoria de Governança e Conformidade da Petrobras completou dez anos. No início de 2025, a área de Responsabilização Disciplinar foi avaliada com a nota máxima no Modelo de Maturidade Correcional (CRG-MM) do SISCOR — sistema que classifica as instituições públicas em níveis de maturidade de 1 a 5. A Petrobras alcançou o nível 5, atendendo aos 18 requisitos de excelência definidos pela Controladoria-Geral da União (CGU), como independência, transparência, atuação preventiva e capacitação técnica de seus empregados.