Motta nega crise com governo e diz defender cortes que não afetem mais pobres
Parlamentar sinalizou ainda abertura para apoiar medidas que aumentem a tributação sobre as pessoas que ganham mais no Brasil
(Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou nesta sexta-feira em entrevista à CNN Brasil a possibilidade de rompimento do Congresso com o governo por causa do impasse envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ao mesmo tempo que defendeu cortes de gastos que não prejudiquem as pessoas mais pobres.
Na entrevista, o presidente da Câmara disse que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu os decretos do governo sobre o IOF, assim como o decreto legislativo que sustou os efeitos da medida do Executivo, além de convocar uma audiência de conciliação sobre o tema, permitirá que as partes dialoguem e cheguem a uma solução.
"Discordar neste ponto do IOF não representa um rompimento com o governo, não representa um rompimento com a equipe econômica. É apenas uma decisão do Parlamento, do Congresso Nacional em não concordar com mais aumentos de impostos. É isso que nós deixamos claro", disse.
Motta sinalizou ainda abertura para apoiar medidas que aumentem a tributação sobre as pessoas que ganham mais no Brasil, assim como uma revisão de isenções fiscais existentes no país.
O presidente da Câmara disse ainda que a proposta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de isentar de Imposto de Renda pessoas que ganham até R$5 mil será aprovada. De acordo com Motta, juntamente com outras matérias que passaram pelo Congresso, essa aprovação será mais uma prova de que o Legislativo não é contra os pobres.
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