Lula levará programa que atendeu vítimas do RS para famílias da Favela do Moinho

247 -  O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciará nesta quinta-feira (26) que as famílias da Favela do Moinho, no centro da capital paulista, serão contempladas pelo Compra Assistida, o mesmo programa habitacional utilizado no ano passado para reassentar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.

A iniciativa, vinculada ao programa Minha Casa Minha Vida, permite que as famílias escolham onde desejam morar, desde que o imóvel esteja dentro de um limite de valor. No caso dos moradores da Favela do Moinho, poderão ser adquiridos imóveis de até R$ 250 mil em qualquer cidade do estado de São Paulo. O governo federal custeará R$ 180 mil e o governo estadual, R$ 70 mil.

As famílias beneficiadas poderão consultar uma lista de imóveis disponibilizada pela Caixa Econômica Federal ou buscar por conta própria, apresentando as opções ao governo. Enquanto o processo de compra não for concluído, será garantido um aluguel social no valor de R$ 1.200 por mês.

O anúncio oficial será feito às 10h30 desta quinta-feira no Armazém do MST, também localizado no centro de São Paulo. 

O programa é fruto de uma parceria entre os governos federal e estadual, selada em maio deste ano, após tensões entre moradores da favela e a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que havia iniciado um plano de reassentamento na região.

Apesar do acordo, o governador não estará presente na cerimônia. Houve tentativas de viabilizar sua participação, mas a mudança do evento para o espaço do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) inviabilizou a presença do governador, uma vez que o movimento é alvo constante de críticas e resistência entre bolsonaristas e setores da direita paulista.

Oficialmente, o Palácio dos Bandeirantes informou que Tarcísio já tinha compromisso assumido para o mesmo horário, em São Bernardo do Campo, onde participará de outro evento relacionado à habitação social. Mesmo assim, fontes ouvidas pela Folha relataram incômodo por parte da equipe presidencial com o fato de o governo estadual ter agendado uma solenidade habitacional no mesmo dia e horário.