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Lindbergh denuncia Flávio e Bolsonaro por obstrução da justiça, associação criminosa e atentado à soberania

Líder do PT aponta atuação coordenada da família Bolsonaro em estratégia de guerra híbrida contra o Judiciário e pede prisão preventiva de Eduardo

Lindbergh Farias | Jair Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | REUTERS/Bernadett Szabo)

247 - O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), protocolou neste domingo (13) uma petição complementar no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o aprofundamento das investigações contra a família Bolsonaro no Inquérito 4995 — que apura a organização de atos golpistas ligados aos ataques de 8 de janeiro de 2023. O documento requer a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como investigados por crimes como coação no curso do processo, obstrução de Justiça, atentado à soberania nacional, ataque à liberdade de magistrado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.

A petição reforça ainda o pedido de prisão preventiva do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), já investigado, sob alegação de novos elementos de prova que indicam sua liderança em ações externas para desestabilizar o Supremo e blindar os responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro. Lindbergh acusa o parlamentar de operar como lobista da extrema direita internacional, buscando apoio nos EUA para enfraquecer instituições brasileiras.

Segundo o petista, o trio Bolsonaro protagoniza uma “nova fase do golpe”, travestida de chantagem econômica. Ele cita as recentes tarifas anunciadas por Donald Trump contra o Brasil como parte de uma estratégia orquestrada para pressionar o STF e tentar anistiar golpistas. Lindbergh também aponta como escandalosa a declaração de Flávio Bolsonaro à CNN Brasil, sugerindo que a suspensão das tarifas dependeria de anistia aos envolvidos nos atos golpistas — o que, segundo o deputado, configura uma tentativa de barganha com a soberania nacional.

“A estratégia é clara: pressionar o Judiciário de fora para dentro, usando o discurso patriótico como fachada para interesses estrangeiros”, afirmou Lindbergh em nota à imprensa. “Não estamos diante de simples discursos, mas de uma guerra híbrida com quintas-colunas infiltradas nas instituições.”

O parlamentar ainda solicitou ao STF a adoção de medidas cautelares como suspensão de passaportes, restrição de contatos com autoridades estrangeiras, monitoramento eletrônico e limitação das movimentações políticas e diplomáticas dos envolvidos. “O Brasil não é colônia. O Supremo não é refém. E a Constituição não será rasgada por chantagens vindas de fora ou de dentro”, concluiu.

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