Freire Gomes nega ter ordenado prisão de Bolsonaro e diz que apenas alertou sobre “consequências jurídicas”
Em acareação no STF com Anderson Torres, general afirma que advertiu Bolsonaro sobre riscos de um decreto de exceção e que ele desistiu após a conversa
247 - Durante acareação realizada nesta terça-feira (24) no Supremo Tribunal Federal (STF), o general Marco Antônio Freire Gomes desmentiu a versão de que teria determinado a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo reportagem publicada pela CNN Brasil, o militar afirmou que o que houve foi uma "advertência" ao então chefe do Executivo sobre os riscos jurídicos de um eventual decreto que instituísse "medidas de exceção" no país.
O episódio foi esclarecido em sessão conjunta com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, com ramificações nos atos de 8 de janeiro de 2023. Freire Gomes relatou ao STF que, diante da proposta de Bolsonaro de editar o decreto, explicou-lhe que tal ação teria graves repercussões legais. “A testemunha esclarece que jamais deu ‘ordem de prisão’ ao então presidente da república, mas sim, que o avisou das consequências jurídicas do eventual decreto que previa medidas de exceção”, registra o documento oficial da Corte.
Ainda segundo o teor do depoimento, o general teria reforçado ao ex-presidente a necessidade de refletir sobre os desdobramentos de uma medida extrema: “inclusive alertando ao então presidente que deveria pensar ‘no dia seguinte’, porque uma medida de exceção levaria a outras”. De acordo com Freire Gomes, após essa conversa, Bolsonaro “teria concordado e não voltou mais a tratar do assunto”.
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